Diante do aumento de casos, a Instituição destinou uma ala para assistência intensiva, com oito leitos; entretanto faltam medicamentos
A Santa Casa de Votuporanga não mede esforços no enfrentamento do Coronavírus (COVID-19). Desde o início da pandemia, a Instituição atua diuturnamente com muita dedicação traçando estratégias, protocolos para vencer essa guerra contra COVID-19!
Em 15 dias, o Hospital montou uma força-tarefa para implantar a segunda Unidade de Terapia Intensiva (UTI), específica para a doença. A estrutura está pronta, porém a Instituição está com um grande desafio para iniciar o funcionamento da nova UTI: falta de medicamentos como relaxantes musculares e anestésicos.
Após o anúncio do governador João Doria dos novos leitos, os colaboradores da Santa Casa se mobilizaram para adequar as estruturas e contratar os profissionais. Entretanto, o estoque crítico destes remédios impede que os novos leitos sejam ocupados.
“Diariamente, as equipes fazem cotações para a compra e entrega destes produtos. Entretanto, estes medicamentos estão em falta em todo o Brasil. Sem estas medicações, é impossível colocar a segunda Unidade de Terapia Intensiva em funcionamento. Os novos leitos só serão disponibilizados quando estivermos com o estoque regularizado”, explicou o provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana.
Ele contou que, com o desabastecimento destes medicamentos, a Instituição realiza ações de enfrentamento com mudanças de protocolos clínicos a fim de minimizar o dano para o paciente. “Uma das medidas tomadas foi a suspensão de cirurgias eletivas desde maio, quando o Hospital não conseguiu mais comprar e receber os medicamentos. No momento, a Santa Casa segue realizando apenas procedimentos de urgência e emergência”, complementou.
A Instituição segue em contato com o Departamento Regional de Saúde (DRS-XV), Ministério Público, bem como com a Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB) a fim de resolver o problema.
Estrutura física
Parte da ala B foi isolada para a nova UTI. São 74 metros quadrados destinados para pacientes em casos mais graves, possibilitando oito novos leitos, sendo dois para convênios e particulares. “Após muitas análises, nossa Instituição considerou a melhor alternativa adequar uma ala, devido ao tempo hábil e urgência. Esta enfermaria já é utilizada para Coronavírus, então facilita ainda mais a logística”, explicou o provedor Luiz Fernando Góes Liévana. A adequação física seguiu normas do Governo do Estado de São Paulo, Vigilância Sanitária para segurança dos pacientes e dos profissionais.
São mais de R$1,100 mi de investimentos, sendo que R$800 mil em equipamentos. “Os respiradores cedidos pelo Governo do Estado de São Paulo e, intermediados pelo deputado Carlão Pignatari, serão utilizados neste novo espaço. Além deles, há possibilidade de chegar mais dois ventiladores do Estado. Todos estes aparelhos serão utilizados para leitos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, ressaltou. Já os equipamentos para leitos de convênio e particulares foram adquiridos com recursos próprios.
Leitos
Com essa segunda UTI, a Santa Casa passa a ter 18 leitos de tratamento intensivo para Coronavírus. Na enfermaria, a Instituição ampliou de 15 para 17 vagas exclusivamente SUS, além de leitos para convênios e particulares.
“Quero agradecer a todos os envolvidos. Os nossos colaboradores de Obras, Logística e Recursos Humanos que foram extremamente dedicados, agindo em tempo recorde. Também ao nosso deputado Carlão, que intermediou estes leitos junto ao Governo, para que possamos atender mais pacientes, sem necessidade de transferência para outras cidades”, afirmou.