Modelo usado pode atingir alvo a mais de 2 mil quilômetros.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste sábado (19.mar) que o país realizou o primeiro ataque utilizando mísseis hipersônicos contra a Ucrânia. A ofensiva ocorreu com o intuito de destruir um local de armazenamento de armas no Oeste do país, segundo o próprio governo russo.
“O sistema de mísseis de aviação Kinjal, com mísseis balísticos hipersônicos, destruiu uma grande instalação subterrânea de armazenamento de mísseis e munição de aviação das tropas ucranianas em Delyatin, região de Ivano-Frankovsk”, disse Igor Konashenkov, porta-voz do ministério. A afirmação, porém, não pôde ser verificada de forma independente.
O Khinjal, modelo usado no ataque e chamado por Putin de “arma ideal”, tem capacidade para atingir um alvo a mais de 2 mil quilômetros de distância. Konashenov informou ainda que as forças russas utilizaram o sistema de mísseis antinavio Bastion para atacar instalações militares ucranianas perto do porto de Odessa, no Mar Negro.
A agência de notícias russa Interfax disse que foi a primeira vez que a Rússia usou o sistema hipersônico Kinjal desde que enviou suas tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro.
Procurado, o gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ainda não respondeu aos pedidos de comentário sobre a afirmação russa sobre os mísseis.
Mísseis hipersônicos podem voar na atmosfera superior a mais de cinco vezes a velocidade do som. Esse tipo de míssil é considerado mais manobrável do que os convencionais, tendo maior capacidade de escapar de interceptações feitas por defesas aéreas.
Em novembro do ano passado, o Exército russo anunciou que teve sucesso em um teste do míssil de cruzeiro hipersônico Zircon. Além da Rússia, também China, EUA e pelo menos cinco outros países estão trabalhando na tecnologia de mísseis hipersônicos.
*Informações/OGlobo