Remédios devem ficar 4,5% mais caros a partir de abril 

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Preços dos remédios devem sofrer reajuste de 4,5% a partir de abril – Foto: Reprodução

A estimativa é do Sindusfarma e se baseia no cálculo definido todos os anos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.


O governo federal deve anunciar um aumento de 4,5% no preço dos medicamentos até o fim do mês. A projeção do reajuste é feita pela indústria farmacêutica e pode ser oficializada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) ainda nesta semana.

O reajuste costuma ser divulgado no último dia útil de março, mas em virtude do feriado da Semana Santa existe a possibilidade de o anúncio ser feito nesta quinta-feira (28.mar). Ele deve entrar em vigor a partir do 1º de abril.

O aumento é anual e leva em consideração um cálculo que considera a inflação no período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,5% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses. Em 2023, o reajuste anual foi de 5,6%. 

Os outros índices usados no cálculo (produtividade do índice farmacêutica, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência no setor) foram estabelecidos como zero pela Cmed. Neste ano, não haverá distinção de aumento em três faixas (mercado mais competitivo, moderadamente concentrado e muito competitivo) como já ocorreu em outros anos. 

O aumento deve entrar em vigor em 1º de abril após a publicação da resolução da Cmed no Diário Oficial da União, porém o reajuste não é imediato, já que depende de cada farmácia e indústria farmacêutica. 

Farmácias anunciam promoções; analistas recomendam pesquisa  

Nas lojas em São Paulo e nos sites, grandes redes do setor como Drogasil, Farmácias Pague Menos, Drogaria São Paulo, Droga Raia e Drogaria Pacheco anunciam promoções para medicamentos antes do reajuste anual. Os descontos chegam a até 90% em alguns casos. 

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais, aumentos de preços podem demorar meses ou nem acontecer”, afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). 

O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, recomenda que os consumidores evitem comprar por impulso, pesquisem preços de genéricos ou similares e façam o cadastro no programa Farmácia Popular. 

“A grande maioria das farmácias possui ainda programas de fidelidades com grandes benefícios. Além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%”, comenta Domingos.