
Medida detalha as regiões do Brasil que estarão em estado de emergência em períodos específicos; medida permite a contratação de brigadistas especializados em biomas.
O governo federal publicou, na última sexta-feira (28.fev), uma portaria que estabelece estado de emergência em áreas mais suscetíveis a incêndios florestais.
O documento permite a elaboração de ações preventivas de combate ao fogo, conforme a região de risco, e especifica a época em que a área demanda mais atenção. Além disso, permite a contratação de brigadistas especializados em biomas — como agentes indígenas, quilombolas e de comunidades que conheçam o território —, para que possam contribuir efetivamente com as ações de prevenção às queimadas.
“Teremos pela primeira vez um planejamento estratégico faseado ao longo do ano considerando evolução do clima e risco de incêndio”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
Veja a lista de locais com estado de emergência declarados:
Em cada local, há um período de emergência específico, entre 2025 e 2026. Para conferir o período de emergência declarado em cada caso, clique aqui.
Reforço na proteção
O governo também anunciou um aumento no número de brigadistas que estarão atuando no combate ao incêndio, com mais de 4,6 mil profissionais. O número representa um aumento de 25% em relação ao ano passado.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, afirmou que a portaria especifica as ações que serão tomadas por região e prazo e que as ações serão realizadas de forma integrada com outros órgãos e governos estaduais.
“A ideia é que a estratégia seja integrada. Estamos trabalhando de forma muito intensa a integração com órgãos ambientais. Ibama e ICMBio atuam em áreas federais, mas o fogo não tem dono […]. Agimos em áreas fora da competência legal porque o patrimônio precisa ser preservado”, afirmou Agostinho.
Segundo o MapBiomas, em 2024, mais de 30,8 milhões de hectares foram queimados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2024, área maior que todo o território da Itália. O número representa um aumento de 79% em relação a 2023, sendo a maior área queimada registrada desde 2019.
*Com informações do g1