Receita faz operação contra sonegação e lavagem de dinheiro envolvendo empresas da região 

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Operação da Receita Federal ocorreu em 15 estados e 67 cidades — Foto: Receita Federal/Divulgação

Operação Ornitorrinco foi realizada em várias cidades como Tanabi e Cosmorama, com participação da Polícia Federal. Falsa consultoria agia em 67 cidades de 15 estados.


A Receita Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14.mar), em 67 cidades de 15 estados, a Operação Ornitorrinco. O trabalho, feito em conjunto com a Polícia Federal, já descobriu envolvimentos com empresas que cometiam as sonegações também de cidades das regiões de São José do Rio Preto/SPBauru/SP e Jundiaí/SP. 

Conforme a Receita, o objetivo foi obter provas adicionais relativas à estrutura de consultoria que abusa do instituto da Declaração de Compensação, além de possíveis crimes de falsidade de documentos e lavagem de dinheiro. 

A abrangência das fraudes alcança compensações de 210 contribuintes. O montante é de mais de R$ 231 milhões. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios dos investigados e de pessoas ligadas à suposta organização criminosa. As ações ocorreram nos municípios de São Paulo (três mandados) e Santana de Parnaíba (dois mandados). 

Confira as cidades da região com contratantes dos “serviços” fraudulentos da consultoria e o valor total dos débitos compensados: Agudos (R$ 242.778,89); Cosmorama (R$ 18.778,15); Guapiaçu (R$ 79.216,33); Jundiaí (R$ 9.667,95); Neves Paulista (R$ 243.987,92); Paraguaçu Paulista (R$ 43.878,02); São José do Rio Preto (R$ 200.985,76); e Tanabi (R$ 244.827,75). 

O esquema 

A organização investigada se aproximava de empresários e vendia solução para redução de carga tributária. A falsa consultoria transmitia à Receita Federal Declaração de Compensação fraudulenta em nome da empresa devedora por meio de um certificado digital de uma interposta pessoa (laranja), informando que a empresa tinha um crédito junto à Receita Federal que seria suficiente para quitar os débitos. Mas os créditos informados não existiam, e, depois, os débitos voltavam a ser cobrados pela Receita Federal.

*Com informações do g1