Ambulatório Geral e de Especialidades do HB oferece atendimento, tratamento e medicamentos, tudo pelo SUS.
Na sexta-feira, 29 de outubro, é celebrado o Dia Mundial e Nacional da Psoríase. Uma doença inflamatória crônica da pele e que ainda causa muitas dúvidas e preconceitos. Ao contrário do que muita gente pensa, a psoríase não é contagiosa e em 30% dos casos tem origem genética, ou seja, se houver histórico da doença na família, as chances do paciente desenvolver esse quadro clínico são altas.
De acordo com João Roberto Antônio, dermatologista e chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital de Base (HB), mais de 26 mil pessoas da população, dos mais de 100 municípios da região de São José do Rio Preto, tem psoríase.
Até hoje não se sabe as causas da doença, mas pesquisas científicas demonstram que, estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta, baixa umidade do ar ou certos tipos de medicamentos podem desencadear a doença ou aumentar sua intensidade.
Os sintomas da psoríase podem variar, já que existem diferentes tipos e, portanto, diferentes formas da doença se manifestar em cada caso. Os mais comuns são manchas avermelhadas grossas que descamam, e que aparecem geralmente no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e, em alguns casos, podem se espalhar por toda a pele e também atingir as articulações.
“Em casos de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes”, disse João Roberto.
O Ambulatório Geral e de Especialidades do HB, tem um dia da semana específico para atendimento de pessoas que apresentam sintomas ou já foram diagnosticadas com a doença; toda quinta-feira. São realizadas mais de 100 consultas por mês, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Além do atendimento, o HB também disponibiliza tratamentos da psoríase, como a Fototerapia, e medicamentos por meio da Farmácia de Alto Custo e do Centro de Dispensação de Medicação de Alto Custo (CEDMAC), também pelo SUS.
Fototerapia
Segundo o dermatologista, a doença ainda não tem cura, porém um dos tratamentos possíveis para a psoríase é através da fototerapia. “Essa técnica consiste na exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente, ou seja, na prática, a região afetada pela psoríase é submetida aos raios, mas de forma totalmente controlada”, explicou João Roberto.
O tratamento com fototerapia é capaz de interromper a superprodução de células da pele e de suprimir o sistema imunológico, reduzindo a inflamação, a coceira e até clareando a pele de quem tem psoríase.
Medicamentos
Atualmente, a Farmácia de Alto Custo e o CEDMAC do HB fornecem 9 tipos de medicamentos, biológicos ou imunobiológicos, orais e injetáveis, que também ajudam a minimizar os efeitos causados pela psoríase. Fornecidos pelo SUS, os medicamentos podem chegar a R$ 3 mil. No ano passado, foram distribuídos 1.020 medicamentos. Já neste ano, até setembro, já foram dispensados 1.162 medicamentos para o tratamento da doença.
Psoríase no Brasil e no Mundo
Segundo dados da ONG Psoríase Brasil, a doença acomete cerca de 1% a 3% de pessoas no mundo. No Brasil, são mais de 2,6 milhões de portadores.