Danilo Camargo –
A espera de um empréstimo por meio do PRONAMPE (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) benefício que tem a intenção para dar um folego às pequenas e micro empresas durante a pandemia. Para o empresário de Votuporanga, Marcos Parisi, o beneficio ainda não saiu do papel nem tampouco da promessa do Governo.
Dono de uma pequena empresa em Votuporanga Parisi ainda não conseguiu o empréstimo. “Estou no aguardo como a maioria. No meu caso o Banco do Brasil não libera. Eles falam que talvez mais pra frente, que não sabem e nem tem ainda uma política de trabalho para isso. “Quanto mais a demora, pior fica a nossa situação”, lamenta.
Parisi é proprietário de uma empresa de moagem de plásticos e prensagem de reciclados como papelão e derivados em Votuporanga. “Já tive 12 colaboradores, mas atualmente estou com apenas 4. Se o Banco do Brasil que é onde tenho conta não me atender vou ter que ir tentar outro banco”.
A promessa do Governo Federal já era pra ter saído do papel, mas os bancos ainda não oferecem o empréstimo. O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Jorge da Costa, garantiu no último dia 9 que faltavam os bancos fazerem seus ajustes nos sistemas para começarem a ofertar o crédito. “Esperamos que esta semana ainda o dinheiro chegue na ponta”, disse em transmissão pela Internet quando apresentou o protocolo lançado pelo Sebrae para a retomada da atividade econômica por micro e pequenos empresários.
CAPITAL DE GIRO
O que se comprova é que o dinheiro não chegou ainda a quem precisa, mesmo após o projeto ser aprovado, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro e a União já ter depositado os R$15,9 bilhões do fundo garantidor.
“Tem que começar com a Caixa e o Banco do Brasil. Eles tem que dar o exemplo e o pontapé inicial”, afirmou o Senador Jorginho Mello (PL), autor do projeto.
O problema sempre foi o risco do negócio, pois os bancos têm receio de calote. A ideia do Pronampe é justamente eliminar o risco com a criação do fundo garantidor. Trata-se de um recurso do orçamento da União que garante o pagamento ao banco em caso de inadimplência. “O risco é zero para os bancos”, afirma Jorginho Mello. O programa de crédito prevê nove meses de carência, 36 vezes de parcelas e taxa de juro hoje calculada em 4,25% ao ano (selic + 1,25%)
Emprestômetro
O Senado deve criar um placar eletrônico para fiscalizar o quanto que os bancos emprestam aos micro e pequenos empresários. A ideia dos Senadores Jorginho Mello e Kátia Abreu (PP/TO) é ter como mensurar se as instituições financeiras estão colocando em prática o Pronampe e emprestando recursos aos micro e pequenos empresários.
Banco do Brasil em Votuporanga
O Diário de Votuporanga entrou em contato com agência do Banco do Brasil que fica no centro da cidade e foi informado que até o momento não existe nessa agência nenhuma orientação para realizar esse tipo de empréstimo. “Quem sabe mais pra frente, disse uma atendente orientada pelo gerente”.