Preso suspeito de financiar mega-assalto em Araçatuba participou de assassinato de PM em Sorocaba

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Paulo César Gabrir, aos 25 anos, foi preso durante operação contra o tráfico de drogas em Sorocaba, em 2013 — Foto: Reprodução/TV TEM/Arquivo

Paulo César Gabrir, de 33 anos, foi preso em Sorocaba e afirmou, informalmente, que a logística do ataque a bancos custou R$ 600 mil. Gabrir é suspeito de envolvimento no assassinato do PM Sandro Luís Gomes e a um assalto a empresário, ambos em 2014.


O homem suspeito de financiar o mega-assalto em Araçatuba/SP, no dia 30 de agosto, tem passagens pela polícia por tráfico de drogas e homicídio em Sorocaba/SP. Inclusive, segundo a polícia, ele participou do assassinato de um policial militar em 2014.

A Polícia Civil informou na madrugada desta quarta-feira (8) que Paulo César Gabrir, de 33 anos, foi preso em Sorocaba por envolvimento no ataque a bancos, que deixou três mortos em Araçatuba.

Segundo apurado, Gabrir chefiava uma quadrilha de tráfico de drogas, quando foi preso em 2013 em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Na época, a operação cumpriu 27 mandados de prisão na região de Sorocaba, entre eles estava Paulo César, preso aos 25 anos em sua casa, no bairro Paineiras.

No ano seguinte, ele foi apontado pela polícia no envolvimento do assassinato do PM Sandro Luís Gomes, na Avenida Itavuvu. O PM estava em uma viatura quando foi atingido por um tiro na cabeça.

Os criminosos estavam em dois veículos, atiraram na viatura e fugiram. Sandro fazia parte da banda regimental da Polícia Militar e atuava em trabalhos assistenciais da cidade.

Outro crime com envolvimento de Gabrir foi um assalto a um empresário, também em 2014. Oito criminosos armados renderam o chefe de segurança do dono de uma rede de restaurantes e conseguiram entrar no condomínio de luxo, entre Sorocaba e Salto de Pirapora.

O bando foi até a casa do empresário e fez a família dele refém por quatro horas. Os ladrões saíram pela portaria principal levando R$ 2 milhões em dinheiro, euro, dólar e joias.

Um vídeo feito nesta terça-feira mostra o momento da prisão de Paulo César Gabrir e da esposa dele, Michele Maria da Silva, de 40 anos, presa por tráfico de drogas.

A polícia apreendeu na casa do casal dois carros de luxo e documentos relacionados ao crime organizado, que indicam atividades dele em vários estados.

Paulo é suspeito de financiar o mega-assalto em Araçatuba. Já a esposa dele foi presa porque era procurada pela Justiça por envolvimento com o tráfico de drogas.

Paulo é apontado como diretor financeiro da estrutura que permitiu o ataque em Araçatuba, crime que deixou três mortos na cidade e outros cinco feridos. Segundo os policiais, ele afirmou, informalmente, que a logística do ataque custou R$ 600 mil.

A polícia também prendeu Emerson Henrique Dias, de 25 anos, que apresenta passagens por roubo. Os três foram autuados por organização criminosa.

Terror em Araçatuba

Criminosos fortemente armados atacaram três agências bancárias no centro de Araçatuba, no início da madrugada do dia 30 de agosto, uma segunda-feira. A ação durou duas horas, entre ataque às agências, tiroteio e fuga.

Material explosivo apreendido pela polícia em Araçatuba — Foto: Polícia Militar/Divulgação
  • Grupo de 20 criminosos atacou três agências bancárias. Em duas delas, os bandidos conseguiram levar dinheiro; o valor não foi informado;
  • Veículos foram incendiados para fechar vias e atrapalhar a chegada da polícia;
  • Criminosos fizeram moradores e motoristas reféns, sendo que algumas das vítimas foram feitas de “escudo humano”; grupo também usou drone para monitorar a chegada da polícia;
  • Três pessoas morreram na cidade, entre elas, um criminoso; outras cinco ficaram feridas;
  • Dois suspeitos de participar do crime morreram em outras cidades, um em Sumaré e outro em Piracicaba;
  • Além de Paulo César Gabrir, outros seis suspeitos foram presos;
  • Ruas do Centro de Araçatuba foram isoladas, pois explosivos foram espalhados pela cidade; Gate apreendeu 98 bombas; trabalho para detonar e desativar levou mais de 30 horas;
  • Explosivos deixados por criminosos tinham sensores para ativar explosões.

*Informações/G1