Polícia investiga série de mortes de cães com suspeita de envenenamento por ‘chumbinho’ após sintomas semelhantes 

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Câmera flagra suspeito de jogar sacola com 'chumbinho' para cães em Jales — Foto: Reprodução/Câmera de Segurança

Crimes ocorreram em Jales/SP. Quarta morte com suspeita de intoxicação foi confirmada à TV TEM pelo delegado nesta segunda-feira (20).


A Polícia Civil investiga uma série de mortes de cães com suspeita de envenenamento por “chumbinho” em Jales/SP após apresentarem sintomas semelhantes, como espuma na boca, em outubro.

A quarta morte por possível intoxicação foi confirmada à TV TEM pelo delegado responsável pelo caso, Marcel Farinazzo, nesta segunda-feira (20.out).

No primeiro caso divulgado, a ação foi registrada por uma câmera de segurança de uma casa no Jardim América. Na ocasião, no dia 15 de outubro, um homem foi flagrado arremessando por cima do portão uma sacola para os cães. Em seguida, o suspeito saiu com o veículo e foi embora. 

Uma das cadelas consegue pegar o alimento. Na sequência, ela apresenta diarreia, salivação excessiva e espuma branca na boca. O animal sofreu uma convulsão e não resistiu. À TV TEM, a tutora Vitória Roberta disse estar revoltada com a crueldade. 

Após a divulgação da imagem, a polícia recebeu outras denúncias de envenenamento de animais. Em outro caso, registrado no dia 8 de outubro, conforme o boletim de ocorrência, o tutor informou à polícia que o pet, um beagle, de dez anos, morreu ao comer uma substância deixada em uma sacola, na calçada em frente à casa dele. 

Ao retornar para a residência, o tutor encontrou o animal morto, com sinais de vômito, manchas escuras e diarreia, além da espuma branca na boca. A vítima acionou o setor de Zoonoses, que orientou o enterro em um aterro sanitário. 

Um terceiro caso foi registrado no dia 16 de outubro. Segundo o BO, o tutor também procurou a polícia e informou que encontrou a cachorra, sem raça definida, de oito anos, embaixo do carro dele, com vômito e espuma na boca. 

A 50 metros da casa, o tutor localizou os resquícios de uma substância semelhante ao chumbinho, próximo à guia da calçada. O animal foi enterrado em um terreno e não foi submetido ao exame necroscópico. 

As ocorrências foram registradas como praticar ato de abuso a animais e são investigadas pela Polícia Civil, que analisa se os crimes foram cometidos pelo mesmo suspeito, que já foi identificado. 

Até a última atualização desta reportagem, ele não tinha sido preso porque o caso não foi considerado flagrante, segundo o delegado. 

*Com informações do g1