
Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, está desaparecida há mais de dois meses. Ocorrência inicialmente tratada como desaparecimento de pessoa é investigada como feminicídio.
A Polícia Civil conclui nesta quinta-feira (4.set) o inquérito que investiga o desaparecimento e o feminicídio da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos. Ela foi vista pela última vez há mais de dois meses, em 12 de junho, Dia dos Namorados, após fazer uma prova do curso de zootecnia da Unesp em Ilha Solteira/SP.
O delegado Miguel Rocha informou que os principais suspeitos, Marcos Yuri Amorim, namorado de Carmen; e o policial militar ambiental da reserva Roberto Carlos vão responder pelos crimes de: feminicídio, ocultação de cadáver, supressão de documento e fraude processual.
Ainda conforme o delegado, Roberto também será responsabilizado por falso depoimento, pois ele mudou a primeira versão do depoimento dele durante as investigações. Outras duas testemunhas vão ser indiciadas por falso testemunho e uma terceira por supressão de documento.
Antes da conclusão do inquérito, duas reconstituições foram realizadas: uma baseada na versão dada pelo namorado da jovem e a outra pela versão do policial militar ambiental da reserva.
A reconstituição no sítio apontado como local do crime, onde a jovem foi vista pela última vez, baseou-se na versão dada pelo namorado da jovem, Marcos Yuri Amorim, à polícia.
Investigação
O delegado responsável pelo inquérito policial afirmou que a investigação apontou as seguintes motivações para o assassinato:
- Carmen pressionou Yuri para que assumisse o relacionamento. Apesar de a família da vítima conhecer a relação, ela não era pública;
- Carmen descobriu que ele cometia crimes, como furtos, e elaborou um dossiê no computador com provas, que foi deletado posteriormente;
- Havia um triângulo amoroso: o policial da reserva preso ajudou Yuri no crime e mantinha uma relação com ele, segundo a polícia.
*Com informações do g1