Polícia e Marinha abrem inquérito para investigar morte de farmacêutica após batida entre motos aquáticas no Rio Tietê 

983
Raissa Fernanda de Oliveira, de 31 anos, morreu após batida entre motos aquáticas no Rio Tietê, em Buritama — Foto: Arquivo pessoal

Raissa Fernanda de Oliveira, de 31 anos, foi socorrida e levada à Santa Casa de Buritama, mas não resistiu; piloto também foi levado ao hospital e confessou que ingeriu bebida alcoólica.


A Polícia Civil e a Marinha abriram inquérito para investigar a morte de uma farmacêutica de 31 anos após a batida entre duas motos aquáticas, no Rio Tietê, em Buritama/SP, na noite do último sábado (2.dez).

Raissa Fernanda de Oliveira era passageira de um dos veículos, que foi emprestado por um amigo. Ela foi socorrida e levada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos. O piloto permanece internado em um hospital nesta terça-feira (5). Em depoimento, ele confessou que ingeriu bebida alcoólica.

Conforme apurado, a Marinha do Brasil informou que não é permitido pilotar moto aquática à noite porque o veículo não possui iluminação própria, bem como é necessária uma habilitação específica para dirigi-la.

Por isso, abriu um Inquérito Administrativo Sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), já que se trata de um acidente náutico. Ao final, o IAFN é remetido ao Tribunal Marítimo, após considerações da Procuradoria Especial da Marinha.

Em caso de prosseguimento como processo, o órgão apura a responsabilidade direta ou indireta dos envolvidos no acidente, bem como as causas dele. A cópia do inquérito da Marinha pode ser anexada ao processo que tramita na Justiça comum.

Em relação ao inquérito policial, o delegado da Seccional de Araçatuba/SP, Getúlio Nardo, informou que apura dois possíveis crimes: o homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e colocar em risco a embarcação.

Isso porque um dos pilotos estava com a habilitação vencida e outro, que estava com Raissa, não possuía a habilitação necessária.

“O piloto de uma das motos aquáticas fala que estava atrás de uma lancha, e se guiava pela iluminação dela. Essa lancha se distanciou e ficou escuro, quando ele e a outra moto aquática bateram”, explica o delegado.

A Polícia Civil aguarda o laudo pericial e busca novas testemunhas que vão ser ouvidas para apurar as causas do acidente e concluir o inquérito. Ninguém foi preso.

O corpo de Raissa foi enterrado no domingo (3), no Cemitério Municipal de Turiúba/SP, cidade onde a vítima morava. Ela deixa uma filha de oito anos.

*Com informações do g1