Desde fevereiro de 2022, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, à frente dos cartões de crédito. Anteriormente, já havia ultrapassado os cartões de débito, boletos e o TED e o DOC.
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, soma 26 bilhões de transações desde o seu lançamento, em 16 de novembro de 2020, até setembro deste ano, de acordo com levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os valores transacionados através da ferramenta chegaram a R$ 12,9 trilhões no mesmo período.
Desde fevereiro de 2022, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, à frente dos cartões de crédito. Anteriormente, já havia ultrapassado os cartões de débito, boletos e o TED e o DOC, modelos de transferência de recursos em funcionamento há mais tempo.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirma que o crescimento do Pix mostra a aceitação popular da ferramenta. Segundo ele, nos últimos 12 meses, as operações utilizando o sistema cresceram 94%.
“Também destaco que o Pix foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para impulsionar a bancarização e a inclusão financeira no País e desde o seu lançamento tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano”, diz ele em nota.
Em setembro, as transações via Pix movimentaram R$ 1,02 trilhão, com tíquete médio de R$ 444. A TED teve volume financeiro maior, de R$ 3,4 trilhões, graças a um valor médio por transferência também mais alto, de R$ 40,6 mil. “Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta”, afirma Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.
Recortes
O levantamento da entidade mostra ainda que, em setembro, 43% dos usuários do Pix estavam na região Sudeste, enquanto o Nordeste concentrava 26% deles. No Sul, eram 12%, e no Norte, outros 10%. Dos usuários do sistema 64% tinham entre 20 e 39 anos de idade.
Desde o lançamento do sistema, 523,2 milhões de chaves Pix foram cadastradas no diretório do BC. A maior parcela (213,9 milhões) era formada pelas chaves aleatórias, seguida por CPFs (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e e-mail (77,5 milhões). Até outubro, segundo a Febraban, 141,4 milhões de brasileiros já haviam utilizado o Pix.
A entidade destaca ainda que os bancos associados investem cerca de R$ 3 bilhões ao ano para tornar mais seguras as transações financeiras dos usuários. A Febraban participa do Fórum Pix, promovido pelo BC, e afirma que em caso de alterações no sistema, se empenhará para implementá-las dentro do prazo estabelecido pelo regulador.
*Com informações do epocanegocios