PF deflagra operação que mira deputados federais do PL

569
Deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) carrega caixa de dinheiro, em vídeo gravado pela Polícia Federal Foto: Agência O Globo

Um dos alvos é Josimar de Maranhãozinho, que já foi flagrado manuseando caixas de dinheiro e é aliado do presidente Jair Bolsonaro.


A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (11.mar) mandados de busca e apreensão em endereços ligados a três deputados federais do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por suspeita de desvio de recursos de emendas parlamentares. Um dos alvos é o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), flagrado com uma caixa de dinheiro.

Também estão na mira os deputados Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gildenemir (PL-MA). A suspeita é que eles usariam um esquema de desvios articulado por Maranhãozinho, envolvendo empresas de fachada e dinheiro vivo. A operação é um desdobramento da investigação batizada de Ágio Final, deflagrada em dezembro de 2020.

As buscas estão sendo realizadas nas residências dos parlamentares e em escritórios políticos nos estados, mas não ocorrem nos gabinetes na Câmara dos Deputados.

A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. A PF havia solicitado buscas nos gabinetes dos parlamentares na Câmara dos Deputados, mas o ministro indeferiu esse pedido. “O ministro Ricardo Lewandowski autorizou buscas nas residências e locais de trabalho dos investigados, mas indeferiu diligências em gabinetes de parlamentares. A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu e o plenário do STF manteve a decisão em sessão virtual”, informou o gabinete do ministro.

É a terceira operação da PF deflagrada contra Maranhãozinho, que já foi alvo de uma ação controlada na qual os investigadores gravaram vídeos do parlamentar manuseando caixas de dinheiro.

Em dezembro, a PF concluiu o primeiro inquérito contra Maranhãozinho e apontou que ele cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso envolvendo as caixas de dinheiro. O caso foi enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta denúncia ou arquiva a investigação, mas até hoje não houve uma definição.

*Informações/OGlobo