Oposição no Senado não vê risco de rejeição a Jorge Messias para o STF 

38
Lula e o advogado-geral da União, Jorge Messias – Foto: Reprodução

Mesmo com preferência por Pacheco, adversários avaliam que nome do AGU passará com folga.


A oposição no Senado Federal já descarta o risco de o advogado-geral da União, Jorge Messias, ser recusado caso seja de fato indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Messias será indicado para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou antecipadamente da Corte, aos 67 anos de idade — o magistrado poderia ter continuado no STF até os 75 anos.

A avaliação da direita é de que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem maior apoio e, portanto, teria mais facilidade caso indicado pelo presidente, mas que Messias também não enfrentará grande dificuldade.

A contagem informal feita pelos partidos de oposição é de que Messias teria 30 votos contrários, menos da metade do plenário da Casa Legislativa.

Lula já decidiu pela indicação de Messias. A expectativa é de que anuncie o escolhido nos próximos dias. O petista deve se reunir para tratar sobre o assunto com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Alcolumbre defende a indicação de Pacheco, mas sinalizou que manterá postura de neutralidade caso Messias seja anunciado. Ou seja, não ajudará, mas também não atrapalhará.

Com a expectativa de um encontro com Lula, Alcolumbre passará o final de semana em Brasília.

Perfil de Messias

Procurador da Fazenda Nacional concursado desde 2007, Messias tem 45 anos de idade. Com isso, pelas regras atuais, ele poderá ficar como ministro do Supremo pelos próximos 30 anos. 

Messias atua como ministro da AGU desde janeiro de 2023, quando teve início o terceiro governo Lula. Antes disso, ele foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência durante o governo Dilma (PT).

Com a escolha de Messias, Lula preteriu para a vaga de Barroso o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que era apoiado pelos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.