Operação contra fraudes fiscais no comércio de bebidas cumpre mandado Fernandópolis 

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Operação contra fraudes fiscais no mercado de bebidas cumpre mandados — Foto: Divulgação/PRF

Polícia Rodoviária Federal, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Receita Federal participaram da ação em SP, MG e MA.


A Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Receita Federal deflagraram, nesta segunda-feira (7.nov), uma operação para combater fraudes fiscais no comércio de cerveja.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na região de Fernandópolis/SP, Itu/SP, São José dos Campos/SP, Frutal/MG e São Luís/MA. As investigações administrativas foram conduzidas pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e Receita Federal do Brasil. 

De acordo com a polícia, indústrias sediadas nas regiões de Piracicaba/SP e Sorocaba/SP teriam sido inseridas fraudulentamente na cadeia mercantil, com o propósito de promover a evasão fiscal de tributos estaduais e federais relacionados a operações interestaduais. 

No caso da cerveja, a responsabilidade pelo pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS) ocorre por substituição. Ou seja, o fabricante recolhe antecipadamente o tributo devido em toda a cadeia de comércio. 

Deste modo, o fabricante localizado fora do estado de São Paulo, quando promove a saída da mercadoria com destino a estabelecimento localizado em território paulista, é responsável pelo pagamento do imposto incidente nas operações subsequentes. 

Uma das exceções a essa regra ocorre quando a transferência da mercadoria se dá entre estabelecimentos industriais. Se valendo da exceção, as empresas interpostas, cujo objeto social é de indústria, atraiam para si a responsabilidade fiscal pelo recolhimento do ICMS-ST. A cerveja também era vendida pelos fabricantes localizados nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais com preço subfaturado para diminuir base de cálculo do tributo. 

As empresas, por sua vez, emitiam nota da mercadoria para suas filiais por preço ainda menor, diminuindo novamente a base de cálculo do produto. Por fim, a mercadoria era alienada para distribuidoras ligadas à fabricante do Rio de Janeiro, com pagamento ínfimo do imposto.

De acordo com a polícia, a sonegação de ICMS entre os anos de 2016 a 2020 ultrapassou a cifra de R$ 300 milhões. Não há informações sobre os materiais apreendidos durante a operação.