Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom determinou que a pandemia continua a constituir uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
O número de novos casos de Covid-19 no mundo continuou a diminuir pela terceira semana consecutiva, com uma redução de 24% em comparação com a semana anterior. O número de mortes semanais também segue a tendência de queda, com índice 18% abaixo em relação à semana passada.
Os dados que consideram a semana de 4 a 10 de abril foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira (12).
Apesar da melhora no cenário epidemiológico da doença, a OMS mantém a classificação da Covid-19 como pandemia. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, determinou em uma declaração publicada nesta quarta-feira (13) que a pandemia continua a constituir uma emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla em inglês).
Recomendações da OMS
A determinação acompanha as recomendações do conselho do comitê de emergência da OMS, que será convocado novamente dentro de três meses ou antes, a critério do diretor-geral.
O comitê reconheceu que o SARS-CoV-2 é um novo patógeno respiratório que ainda não estabeleceu seu nicho ecológico. O vírus continua a ter uma evolução imprevisível, agravada pela ampla circulação e intensa transmissão em humanos, bem como pela introdução generalizada da infecção em uma variedade de espécies animais com potencial para o estabelecimento de reservatórios animais.
O comitê da OMS apontou diversas ações como críticas para todos os países no combate à pandemia, incluindo o apoio ao uso oportuno dos medicamentos recomendados pela entidade e a garantia da disponibilidade de serviços essenciais de saúde, sociais e de educação.
Uma das ações envolve fortalecer a resposta nacional à pandemia por meio da atualização dos planos nacionais de preparação e resposta de acordo com as prioridades e cenários potenciais descritos no Plano Estratégico de Preparação e Resposta da OMS para 2022 (SPRP).
O conselho recomenda que pelo menos 70% das populações de todos os países devem ser vacinadas até o início de julho de 2022. Além disso, os países devem fazer ajustes na vigilância do vírus e suspender proibições de tráfego internacional, revisando medidas de viagem, com base nas avaliações de risco.
Segundo a OMS, a exigência de comprovante de vacinação para viagens internacionais não deve ser o único caminho ou condição para a permissão de viagens internacionais.
A comunicação deve ser priorizada pelos países com o objetivo de informar as condições de risco e combater a desinformação e notícias falsas.
No contexto da pesquisa, os países devem investir em análises epidemiológicas da transmissão do SARS-CoV-2 entre humanos e animais e na vigilância direcionada a potenciais hospedeiros do vírus e reservatórios de animais.
*Informações/CNNBrasil