Oftalmologista do SanSaúde alerta sobre retinoblastoma bilateral

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Dra. Virginia Madeira de Carvalho

Doença é rara e corresponde a 3% dos cânceres infantis; profissional explicou os sintomas.


Você já ouviu falar de retinoblastoma bilateral? A doença é rara e chamou a atenção de toda a mídia nesta semana depois que o casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin anunciou que sua filha Lua, de 1 ano e 3 meses, está em tratamento.

A oftalmologista do SanSaúde, Dra. Virginia Madeira de Carvalho, explicou sobre a patologia. “É o câncer que atinge a retina primeiramente. É raro e responde a 3% dos cânceres infantis e pode ser unilateral (o mais comum) e bilateral”, disse.

A profissional complementou que a doença é mais comum nos três primeiros anos de vida. “Casos bilaterais costumam ser hereditários e acontecem mais cedo, antes de um ano de vida”, afirmou.

Sintomas

Dra. Virginia destacou que os sintomas podem ser observados pelos pais como: mancha branca na pupila, reflexo branco nas fotos com flash na pupila (olho de gato), estrabismos, baixa visual, dor ou aumento do globo ocular e lacrimejamento.

Tratamento

A médica ressaltou que quanto mais cedo o diagnóstico, mais chance de cura. “Em centros especializados, chegam 95% a estimativa de cura e preservação da visão. O tratamento pode ser feito com quimioterapia, laser, radioterapia ou remoção do olho. A escolha do procedimento depende, entre outros fatores, do estágio da doença”, enfatizou.

Prevenção

A profissional frisou a importância de fazer o exame de mapeamento de retina nos pequenos. “É a avaliação feita com os olhinhos dilatados, com oftalmologista. Deve ser de rotina, pois assim o diagnóstico pode ser fechado antes de apresentar os sintomas. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para cura e preservação da visão”, disse.

Dra. Virginia complementou que, mesmo sem casos na família, a criança deve se consultar no médico desde o primeiro ano de vida rotineiramente. “Casos binoculares normalmente são hereditários. Por isso, é importante procurar oftalmologista de três em três meses ou conforme orientação profissional. O exame preventivo é realizado com colírio e indolor”, finalizou.