Na linha de frente: Médicos, enfermeiros e socorristas do Samu trabalham sob risco constante de contágio pelo coronavírus 

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As palavras de ordem para esse momento são: RESPONSABILIDADE, COLABORAÇÃO E PROTEÇÃO.

O Samu da cidade de Votuporanga socorre, em média, 100 casos por dia. Pelas estimativas de George Yunis enfermeiro responsável do Samu e da UPA pelo menos 20 desses atendimentos estão diretamente relacionados ao coronavírus especificamente a Síndrome Respiratória.

“Hoje nossa maior dificuldade se encontra nas informações corretas dos pacientes na hora da chamada”, relata George.

O Sars-CoV-2, nome oficial do novo coronavírus, trouxe mudanças de rotina e protocolo para os profissionais que estão na linha de frente de atendimento às vítimas da doença. “Aqui no município o uso de EPI’s corretamente e a higienização das ambulâncias entre uma chamada e outra são obrigatórios não somente para a segurança dos atendidos como também para a nossa própria segurança” explicou o enfermeiro do Samu Lino Fernando.

Hoje no município o número de servidores do Samu (motoristas, médicos e enfermeiros) nesse período de pandemia é de:  3 motoristas 24 horas, 2 técnicos de enfermagem, 1 enfermeiro e 1 médico.

Para atendimentos na pandemia eles têm uma Ambulância do Samu Covid especificamente preparada para prestar socorro, daí a importância de passar na hora da chamada os sintomas corretos, nessa ambulância apropriada para a Covid 19 eles contam com 1 motorista e 1enfermeiro também 24hrs.

A cada chamado por suspeita de Covid-19, as equipes – compostas por médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem – precisam se paramentar por completo com os equipamentos de segurança (EPI’s), o que pode levar entre 10 a 15 minutos.

“Se não tivéssemos esse EPI (Equipamento de Proteção Individual), nem sairíamos da base”, comenta George o enfermeiro responsável pelo Samu e pela UPA demonstrando total responsabilidade.

George explica ainda que esses profissionais, que em tese existem em todos os serviços de Samu do Brasil, atendem os chamados feitos pelo 192, orientando quem está do outro lado da linha e tomando as próximas providências. Dependendo da gravidade do caso, eles decidem pelo envio de ambulância básica ou avançada.

“Claro que temos medo de fazer atendimentos de Covid, comenta o enfermeiro Lino. Todos nós temos família com quem moramos; é preciso tomar muito cuidado com a roupa, principalmente na volta à base, quando tiramos tudo.”

“É muito tempo sob pressão e estresse, explicou George. Os profissionais de saúde correm o risco de se contaminar justo neste momento. Enquanto você está atendendo, sua atenção está alta; quando você relaxa é que está o perigo.”

Nesse momento em que o estado voltou à ficar em alerta com o aumento de casos da Covid 19 a equipe do Samu pede à população que sigam as normas e as orientações de proteção:

Evitar aglomerações 

Uso de máscaras e não deixar de lavar as mãos e higienizá-las com o álcool gel.

“Lidar com esse equilíbrio em uma doença nova é um desafio, e exige medidas diferentes do que era praticado até hoje” diz George.

“Todos são suspeitos de Covid-19 em meio à pandemia” relatam George e Lino.

“Em meio às típicas festividades de fim de ano, os cuidados com a saúde devem ser mantidos e redobrados. Em casos de urgência e emergência, as solicitações por assistência pré-hospitalar podem ser feitas através de chamadas para a Central do Samu através do 192” orienta George.

As palavras de ordem para esse momento são: RESPONSABILIDADE, COLABORAÇÃO E PROTEÇÃO.

Informações Andrea Anciaes