Mulher tenta sequestrar aluno em escola de Rio Preto

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Escola Antônio de Souza é a mesma que, no dia 25 de fevereiro, duas crianças da mesma idade saíram desacompanhadas e caminharam pela rua sozinhas por um quilômetro - Foto: Arquivo Diário/Johnny Torres
Deic vai investigar o caso, registrado em escola municipal do Residencial Caetano. Menino de 6 anos não ficou ferido.

A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São José do Rio Preto/SP vai investigar uma tentativa de sequestro de uma criança de 6 anos, na escola municipal Antônio de Souza, localizada no bairro Residencial Caetano, na região norte.

Uma mulher desconhecida conseguiu entrar na unidade e saiu com o aluno, que é autista, sem ser barrada pelos funcionários. A situação só foi percebida pela professora da criança, que já estava no estacionamento da escola e gritou com a mulher, perguntando se ela era responsável pelo garoto. Ao perceber que seria abordada, a suspeita soltou a mão da criança e fugiu.

O caso aconteceu na quarta-feira da semana quarta-feira passada, dia 6, e foi registrado no 4º Distrito Policial, porém, só veio a público após um apelo nas redes sociais publicado pelo avô paterno do menino. O delegado Paulo Buchala Júnior, da Deic, assumiu as investigações.

A escola municipal é a mesma que, no dia 25 de fevereiro, duas crianças da mesma idade saíram sozinhas e caminharam por um quilômetro até um projeto social que uma delas frequenta.

A tentativa de sequestro foi denunciada nas redes sociais pelo avô da vítima, o pastor Eduardo Gonçalves. O vídeo em que ele relata o susto vivido pela família já teve mais de 160 compartilhamentos. Por telefone, nesta quarta-feira (13.abr), Gonçalves disse que o neto é aluno da 1ª série do período matutino, e é retirado apenas por ele, pela avó e pelo pai.

“Na quarta (dia 6), a diretora da escola me ligou e pediu que fôssemos até lá. Segui com meu filho, que é pai do aluno. Ela explicou que as crianças aguardavam os responsáveis no pátio quando a desconhecida entrou, foi até meu neto e saiu com ele pela mão. Meu neto é autista e muito amoroso, ele vai com todo mundo”, explicou.

De acordo com o avô, a mulher cruzou o portão e já tinha atravessado a rua quando a professora, que seguia para o carro, não a reconheceu e perguntou se ela tinha parentesco com o aluno. “A moça soltou meu neto e saiu correndo. A professora disse que entrou no carro e deu voltas no bairro, mas não a encontrou mais”, disse.

Para o avô, os funcionários da escola descreveram a suspeita como uma mulher jovem, de aproximadamente 30 anos, que vestia short curto e blusa na cor vinho.

Gonçalves diz não ter qualquer suspeita sobre a autoria da tentativa de sequestro. “Não sabemos nem se o alvo era o meu neto, realmente. Ou se estavam atrás de um perfil específico e ele se encaixava. Não temos desafeto. Pelo contrário, realizamos muitos trabalhos sociais na cidade”, disse.

Na esquina da escola há uma câmera cujo monitoramento é feito pela Guarda Municipal. O equipamento poderia ajudar na identificação da criminosa, porém, segundo a corporação, a câmera ficou inoperante do dia 1 ao dia 6 devido a problemas técnicos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação negou que a criança tenha saído da escola e informou que a unidade implantou um sistema de identificação por carteirinha dos responsáveis autorizados a retirar os alunos. Informou ainda que abriu procedimento interno de apuração.

*Informações/diariodaregiao/Joseane Teixeira