Morte de bebê foi provocada por hemorragia interna, trauma abdominal e laceração no fígado, aponta laudo

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Bebê foi levada morta para o pronto-socorro Penápolis — Foto: Arquivo pessoal

Mãe e padrasto da vítima foram presos temporariamente no último sábado (19). Justiça expediu o mandado de prisão por homicídio qualificado; caso foi registrado em Penápolis/SP.


A bebê de 1 ano e 3 meses que foi levada morta para o pronto-socorro de Penápolis/SP sofreu hemorragia interna aguda, trauma abdominal e laceração no fígado, segundo apontou o laudo do IML (Instituto Médico Legal). A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (21.fev).

De acordo com a delegada da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), Thaisa da Silva Borges, o resultado do exame que vai comprovar se a criança sofreu violência sexual ainda não saiu.

“Nesse estágio da investigação, não posso afirmar, com a devida certeza, que houve abuso sexual. Essa conjectura foi levantada em virtude da ficha de atendimento médico do pronto-socorro, onde constou que haveria um alargamento no orifício anal da criança. Em virtude disso, foram colhidos materiais biológicos e encaminhados para a Polícia Científica de São Paulo. O laudo, definitivo, não chegou.”

A mãe e o padrasto da menina foram presos por suspeita de homicídio qualificado no último sábado (19). O casal se apresentou junto dos advogados na delegacia de Araçatuba/SP. Ambos permanecem à disposição da Justiça em presídios do interior de São Paulo e as investigações do caso seguem em sigilo.

Horas antes da prisão, o pai biológico da criança e moradores de Promissão/SP e Penápolis/SP fizeram um protesto pacífico em carreata pelas ruas de Penápolis, onde morava a criança, pedindo por Justiça.

Manifestação foi feita em carreta pelas ruas de Penápolis — Foto: Ivan Ambrósio/Jornal Interior

Indícios de violência

O caso aconteceu no dia 14 de fevereiro, quando a vítima deu entrada no pronto-socorro da cidade já sem vida. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou ao local com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus, aparentando violência sexual.

Ainda conforme o registro, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido. Ambos alegaram que colocaram a criança para dormir no dia 13 de fevereiro e perceberam que ela estava morta somente quando foram acordá-la, na manhã do dia seguinte.

Pronto-socorro de Penápolis — Foto: Reprodução

A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros ao hospital, acionou a Polícia Militar após notar os sinais de violência e suspeitar da versão apresentada pela mãe.

O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Penápolis. A Polícia Civil aguarda o resultado dos exames periciais realizados no corpo da menina.

*Informações/g1