‘Morreu nos meus braços’, diz amiga de jovem atropelada ao sair de festa 

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Carro usado pelo suspeito de cometer o crime à esquerda; vítima que morreu atropelada à direita — Foto: Arquivo Pessoal

Estefany Ferreira Medina foi atingida por carro em uma estrada que dá acesso a um conjunto de chácaras, entre Rio Preto e Cedral, na manhã do último domingo.


Depois de três dias, amigos de Estefany Ferreira Medina ainda tentam compreender a morte da jovem de 20 anos atropelada por um carro na saída de uma festa pré-carnaval. 

O atropelamento foi em uma estrada que dá acesso a um conjunto de chácaras, entre São José do Rio Preto/SP e Cedral/SP, na manhã do último domingo (29.jan).

“Foi tudo muito rápido. Eu tentei a reanimação. Eu falei para a Estefany não fechar os olhos, mas ela fechou. Ela morreu nos meus braços”, contou uma das amigas da vítima.

João Pedro Silva Alves, de 23 anos, era o motorista e fugiu sem prestar socorro. Ele foi localizado e encaminhado à delegacia, onde confessou que ingeriu bebida alcoólica. Ele teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira (30).

João Pedro Silva Alves fugiu sem prestar socorro, mas foi encontrado, levado à delegacia e teve a prisão preventiva decretada — Foto: Arquivo pessoal

“Foi coisa de segundos, olhei para a cara dele [do motorista] e para o carro, subi para pedir ajuda e ele fugiu. Ele estava muito ruim. Geralmente o pessoal desce na calma nessa estrada. Ele olhou, deu risada e caiu fora”, disse outra amiga de Estefany.

Conforme apurado pela reportagem, havia mais pessoas dentro do carro. Elas foram ouvidas pela Polícia Civil na terça-feira (31).

Planejamento de futuro

À reportagem, o tio de Estefany contou que a jovem planejava viajar à praia com a família e tentava tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A família soube do atropelamento após receber uma ligação de uma das amigas.

“Os amigos disseram que estavam saindo da festa, quando um carro veio em alta velocidade e atingiu a Estefany. Ela passou por debaixo do carro. Era uma menina de 20 anos, começando a vida, tirando carta. Ela estava combinando de ir para a praia. Agora estamos nessa situação: enterrando uma menina de 20 anos. A família está toda em choque”, disse Sidcley Pereira.

Em nota, a organização do evento disse que disponibiliza transporte coletivo em local e valores acessíveis para os participantes não ingerirem bebida alcoólica e utilizarem veículos automotores.

*Com informações do g1