Crime ocorreu no dia 19 de maio, na Rua Rio de Janeiro, região central da cidade; Hermes José de Carvalho, de 70 anos, foi atacado em casa e estava internado no Hospital de Base de São José do Rio Preto.
Faleceu nesta quarta-feira (11.jun), Hermes José de Carvalho, de 70 anos, vítima de um violento roubo ocorrido em sua residência no dia 19 de maio, na Rua Rio de Janeiro, região central de Fernandópolis/SP. Desde o dia seguinte ao crime, Hermes estava internado no Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP, para onde foi transferido em estado grave após atendimento na Santa Casa local.
Com a confirmação do óbito, o principal acusado do crime, Adílio Andrade de Brito, de 43 anos, que já se encontrava preso, passará agora a responder por latrocínio (roubo seguido de morte), além de outras acusações já registradas contra ele.
O corpo da vítima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de São José do Rio Preto.
De acordo com a Funerária Rosa Mística, o velório de Hermes José de Carvalho, conhecido como “Baiano Construtor” ocorre nesta sexta-feira (13.jun), a partir das 6h e o sepultamento está previsto para às 9h, no Cemitério da Consolação.
Relembre o caso
A prisão de Adílio ocorreu poucas horas após o crime, graças a uma ação ágil da equipe de inteligência da Polícia Militar. Após a brutal agressão contra Hermes, informações obtidas indicaram que o suspeito havia fugido para Monte Aprazível/SP.
Com base em imagens e descrições repassadas pelas autoridades de Fernandópolis, PMs intensificaram o patrulhamento e localizaram o suspeito nas proximidades da rodoviária de Monte Aprazível. Ele usava as mesmas roupas descritas no momento do crime. Ao ser abordado, Adílio tentou fugir e resistiu à prisão, sendo necessário o uso de força moderada para contê-lo.
Durante a abordagem, o suspeito confessou a autoria do roubo e estava de posse de R$ 70,00 e um pingente com a letra “H”, que ele admitiu pertencer à vítima. Suas roupas e calçados estavam manchados de sangue, evidência compatível com o relato da agressão. Ele também afirmou que parte dos bens subtraídos, como cartões, dinheiro e joias, havia sido repassada a um comparsa, identificado apenas como “R.”. Além disso, foi constatado que Adílio possuía um mandado de prisão em aberto por extorsão.
Sua prisão em flagrante foi ratificada pelo delegado Valcir Passeti Júnior, no Plantão Policial de Monte Aprazível.
As investigações prosseguiram em Fernandópolis, com apoio de imagens de câmeras de segurança que identificaram o veículo utilizado na fuga: um Nissan/Kicks.
Na noite do próprio dia 19 de maio, equipes da Força Tática localizaram o carro e abordaram o motorista R.S.B., que inicialmente, ao ser questionado, apresentou versões contraditórias, mas acabou admitindo que havia levado Adílio até a residência da vítima.
Segundo ele, Adilio desceu do veículo, entrou na casa e retornou cerca de cinco minutos depois carregando uma bolsa.
O motorista afirmou ter deixado o comparsa nas proximidades da rodoviária e confirmou saber que ele era foragido da Justiça. Após ser ouvido, o suspeito foi liberado, mas continua sendo investigado por possível participação no crime.
Adílio Andrade de Brito é um velho conhecido das forças policiais. No dia 25 de abril, menos de um mês antes do latrocínio, ele havia sido preso em Fernandópolis por estelionato. Ele se passava por vendedor de materiais de construção, recebia os pagamentos via Pix e desaparecia sem entregar os produtos.
Sua prisão, na ocasião, ocorreu de forma inusitada: um grupo de vítimas se organizou por conta própria, localizou o suspeito no estacionamento de um supermercado e o manteve sob vigilância até a chegada da Polícia Militar. Os prejuízos variavam entre R$ 2 mil e R$ 10 mil por pessoa. O episódio virou notícia no Diário.
Agora, com a morte de Hermes José de Carvalho, o acusado poderá ter a pena agravada e passará a responder por crime hediondo, com potencial de condenação superior a 20 anos de reclusão.