Médico orienta sobre efeitos da baixa umidade do ar

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Cirurgião torácico da Santa Casa, Dr. João Paulo de Lima Pedroso, deu dicas de cuidados para melhorar o bem-estar

Rinite, asma, irritação nos olhos. O tempo seco pode provocar sintomas de diversas doenças. A baixa umidade do ar acende um sinal de emergência e exige cuidados especiais no inverno.

As consequências para o corpo são imediatas, principalmente para as vias respiratórias. O ar seco, somado à maior concentração de poluentes, prejudica o bom funcionamento dos pulmões. Dores de cabeça, garganta irritada, cansaço e até mesmo sangramento nasal são sintomas comuns. Infecções bacterianas também se tornam mais frequentes.

O cirurgião torácico da Santa Casa de Votuporanga, Dr. João Paulo de Lima Pedroso, destacou que a baixa umidade, juntamente com as queimadas, atinge mais as crianças e os idosos. “São públicos mais vulneráveis à desidratação e suas complicações”, contou. Entre os sinais mais graves, ele apontou a pele seca e sem elasticidade, a intensa diminuição da vontade de urinar e, em alguns casos, o cansaço, a sonolência e a confusão mental. Febre e falta de ar são ainda mais preocupantes e exigem visita imediata ao médico.

Ele ressaltou a necessidade de beber água. “O organismo humano está inserido em um meio ambiente que, por si só, é agressivo. O aparelho respiratório fica ressecado. Daí a importância da hidratação constante”, complementou.

Dr. João Paulo deu dicas sobre a ventilação dos lugares, especialmente em época de isolamento social. “Mantenha janelas abertas, espaços arejados. Algumas pessoas usam toalhas úmidas, baldes, bacias de água que podem ajudar a umidificar os ambientes”, frisou.

Como prevenir

É preciso tomar algumas atitudes para contribuir com a melhoria da qualidade de vida:

– Tomar água com frequência é essencial, mesmo que você não sinta sede.

– No lanche, dê preferência a frutas com muito líquido, como melancia, melão e laranja.

– Deixar um umidificador ligado no ambiente ou uma bacia cheia de água contribui para amenizar os problemas gerados pela baixa umidade.

– Usar soro fisiológico para lavar as narinas e colírios para lubrificar os olhos minimizam os efeitos.

– Evitar atividades físicas no período das 11h às 16h, quando a umidade do ar atinge os níveis mais críticos.

– Não fumar em ambientes fechados, evitando a concentração de poluentes que podem agravar os sintomas do tempo seco.

– Usar produtos hidratantes por todo o corpo, principalmente depois do banho.

– Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, mas evitar ambientes fechados, com ar-condicionado ou aglomeração de pessoas.