Ginecologista do SanSaúde, Dr. Fabiano Natividade Cardoso, explicou sobre a doença.
Neste mês, marcado pela campanha do Março Amarelo, voltamos nossa atenção à endometriose, uma condição que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a doença afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo mais de sete milhões somente no Brasil.
Para orientar mais sobre a endometriose, conversamos com o ginecologista e obstetra do SanSaúde, Dr. Fabiano Natividade Cardoso. Ele explicou o que é, os sintomas e tratamento.
A doença
A endometriose é uma doença complexa e crônica que pode impactar significativamente a qualidade de vida das mulheres. “Ela se desenvolve a partir do crescimento anormal de tecido semelhante ao endométrio, que reveste o útero, fora da cavidade uterina. Este tecido pode crescer em órgãos como os ovários, trompas de falópio e outros órgãos pélvicos”, disse.
Sintomas
A endometriose, uma doença inflamatória crônica, apresenta uma gama de sintomas que variam em intensidade. O primeiro sinal muitas vezes é a dor pélvica, que pode ser incômoda e persistente. À medida que a condição progride, podem surgir casos mais graves, incluindo a infertilidade e o envolvimento de órgãos na região pélvica.
Os sintomas incluem dor pélvica constante, que pode irradiar para os membros inferiores. Além disso, as pacientes podem experimentar desconforto durante a evacuação, sangramento nas fezes durante o período menstrual e dor ao urinar, juntamente com sangramento na urina durante o ciclo menstrual.
Importância do Diagnóstico Precoce
Dr. Fabiano Natividade enfatizou a necessidade de um diagnóstico precoce para evitar complicações graves. O ginecologista obstetra destaca que, quanto mais cedo a endometriose for identificada, mais eficaz pode ser o tratamento.
Tratamento
O tratamento visa não apenas aliviar a dor, mas também tratar a causa subjacente. Dr. Fabiano Natividade ressaltou a importância de tratar a doença de maneira abrangente, visando não apenas a dor mensal, mas também a inflamação crônica.
Existem várias abordagens terapêuticas, incluindo medicamentos e, em casos mais avançados, intervenções cirúrgicas. A escolha do tratamento dependerá da gravidade da condição e do impacto nos órgãos circundantes.
Mais dicas
– Comunicação Aberta: Compartilhe abertamente suas queixas com o ginecologista. Quanto mais informações ele tiver, melhor poderá diagnosticar e tratar a condição.
– Atenção aos Sintomas: Esteja atenta aos sinais como dor pélvica persistente, dificuldade para engravidar e desconfortos durante o ciclo menstrual.
– Busca por Ajuda Profissional: Ao apresentar sintomas, não hesite em procurar a orientação de um especialista.
– Conscientização: A participação ativa na campanha de conscientização, como o Março Amarelo, é crucial para disseminar informações sobre a endometriose.
