Nove animais já estavam mortos quando a Polícia Militar Ambiental chegou à propriedade; o pecuarista de Jales/SP foi autuado em R$ 216 mil por maus tratos.
Um homem, de 30 anos, foi autuado por maus-tratos ao deixar 433 cabeças de gado sem comida e sem água, em uma fazenda de Alcinópolis/MS – a 313 quilômetros de Campo Grande/MS. Nove animais já estavam mortos por passar dias sem comer.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), os animais estavam presos em uma área com lama, sem acesso à ração ou ao mato. A pastagem estava degradada, e na maior parte do local havia apenas lama. O proprietário é morador de Jales/SP.
Segundo a polícia, todos os animais estavam extremamente debilitados, com partes ósseas expostas devido à desnutrição pela falta de alimentação e, alguns, até água, pois não havia caixas ou outras formas de disponibilizar água. Com isso, o gado bebia acúmulos em poças de lama provenientes da enxurrada durante as chuvas. Em cochos que havia no local não foi encontrado nenhum tipo de alimento.
Em contato com a Agência Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), os técnicos relataram que, em 2020, a mesma propriedade teve ocorrência relativa ao gado desnutrido.
A equipe apreendeu o gado e notificou o proprietário, que não estava no local, a remover o gado imediatamente para outra propriedade ou adquirir ração para os animais, sob pena de poder responder por crime de desobediência e ser autuado novamente.
Segundo a PMA, o infrator foi autuado administrativamente e multado em R$ 216 mil por maus tratos aos animais, e deverá responder por crime ambiental, com pena de três meses a um ano de prisão.
*Informações/g1