Mãe diz à polícia que recém-nascida sofria agressões desde o 9º dia de vida 

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Delegada Cristina Helena Spir Santana, da Delegacia de Defesa da Mulher de Rio Preto – Foto: Marco Antonio dos Santos/13/2/2023

Delegacia de Defesa da Mulher de Rio Preto investiga o caso; pai e mãe da criança estão presos. Vítima segue internada na UTI em estado grave.


O pai preso suspeito de agredir a filha recém-nascida teria iniciado as agressões no nono dia de vida da criança. A informação consta em depoimento da mãe da menina, registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São José do Rio Preto/SP. O casal foi preso na última segunda-feira (13.fev).

“A mãe diz que o pai agredia a criança desde o nono dia de vida. Ele chacoalhava a criança, gritava, como está naquele vídeo. Portanto, as agressões contra a filha não aconteceram apenas na semana passada, segundo a mãe”, afirma a delegada Cristina Helena Spir Santana.

A mãe foi presa por suspeita de omissão e negligência, por ter levado a filha para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte apenas dois dias após a agressão, que causou múltiplas fraturas. A menina está internada em estado grave no Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto (HCM).

Além disso, a DDM apreendeu um pedaço de caneta de plástico que teria sido utilizado pelo pai para provocar queimaduras nas mãos e nos pés da bebê.

A suspeita é de que ele usava o corpo de plástico da caneta para consumir entorpecente e, ainda quente, queimava os pés e as mãos da filha, segundo a polícia. “Na verdade, é uma metade de caneta Bic. Não sabemos se ele usava para fumar maconha ou crack”, afirma a delegada.

O pedaço de plástico foi enviado para o Instituto de Criminalística de Rio Preto para análise pericial, a fim de verificar se é compatível com as lesões por queimaduras nos pés e mãos da criança. Além disso, a perícia deve checar qual o tipo de droga era utilizada.

Marido e mulher seguem presos, ele no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto e ela na Cadeia Feminina de Nhandeara/SP. O inquérito deve ser concluído na próxima semana e a conclusão será enviada para o Ministério Público decidir por quais crimes o casal será julgado.

A criança segue internada no Hospital da Criança e Maternidade para tratamento das lesões sofridas. A mãe tem uma filha de três anos, que está provisoriamente aos cuidados da avó materna.

*Com informações do Diário Da Região/Marco Antonio dos Santos