Mãe denuncia médico do INSS por agredir filho autista de 2 anos durante perícia em Rio Preto

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Braço da criança ficou com marcas vermelhas — Foto: Arquivo pessoal

Mulher afirma que levou filho no INSS, mas criança teve o braço apertado pelo médico após pegar um papel que estava em cima da mesa do profissional. Subsecretaria da Perícia Médica Federal lamentou a situação.


Uma mulher de 33 anos prestou queixa na polícia alegando que o filho de 2 anos foi agredido por um médico durante perícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O caso aconteceu na última quarta-feira (2.fev), em São José do Rio Preto/SP.

O primeiro Distrito Policial instaurou inquérito para investigar a denúncia. A mãe prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (4).

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança foi diagnosticada com autismo e necessita de diversos tratamentos e acompanhamentos.

A mãe afirma que não possui condições financeiras de arcar com os tratamentos e, por isso, marcou uma perícia para o filho conseguir o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Ainda segundo o boletim de ocorrência, o menino foi levado pela mãe para passar por consulta no Instituto Nacional do Seguro Social. Contudo, teve o braço apertado e “chacoalhado” pelo médico após pegar um papel que estava em cima da mesa do profissional.

Depois da agressão, a criança ficou nervosa, entrou em crise e começou a gritar dentro do consultório, o que fez com o médico ficasse ainda mais sem paciência e mandasse a mãe e o filho para fora do consultório.

A mulher procurou a Santa Casa de Rio Preto assim que saiu do Instituto Nacional do Seguro Social, pois o filho ficou com as marcas das agressões no braço.

Em nota, a Subsecretaria da Perícia Médica Federal lamentou a situação e confirmou que o servidor faz parte do quadro da Perícia Médica Federal.

“Garantimos que o relato será apurado com rigor. A Corregedoria do Ministério do Trabalho e Previdência deve instaurar um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). Se as acusações forem confirmadas, além do afastamento das funções, o servidor poderá ser demitido do serviço público. O Ministério está à disposição para colaborar com as investigações”, diz outro trecho da nota.

*Informações/g1