Macacos resgatados com sinais de intoxicação morrem em Rio Preto 

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Macacos-prego foram encontrados com suspeita de intoxicação em Rio Preto — Foto: Centro de Zoonoses/Prefeitura de Rio Preto

Mais um animal com os mesmos sintomas foi resgatado na manhã desta quinta-feira.


Dois macacos-prego que foram resgatados com sinais de intoxicação e maus-tratos na última quarta-feira (3.ago), na área conhecida como “Mata dos Macacos”, em São José do Rio Preto/SP, morreram na madrugada desta quinta-feira (4). Eles estavam sob os cuidados do Zoológico Municipal. Outros três animais continuam em recuperação no local.

Na manhã desta quinta-feira, um novo sagui trazido do Parque Ecológico Sul chegou ao zoológico, com incoordenação motora e dificuldade respiratória. Há a indicação que os três animais resgatados no local pertençam à mesma família. Ele passa por exames com a equipe. 

Na quarta-feira, uma ação conjunta feita por profissionais do Zoológico e pela Polícia Ambiental resgatou os animais – eles estavam vomitando, cambaleando e com sinais de maus-tratos. Uma armadilha também foi encontrada. 

A polícia suspeita de tráfico de animais e também de atentados relacionados aos recentes casos de varíola dos macacos confirmados no município. 

A Coordenadora em Vigilância em Saúde de Rio Preto, Andreia Negri, divulgou um vídeo, por meio das redes sociais da Prefeitura, ressaltando a população que o vírus Monkeypox é transmitido de pessoa para pessoa. A doença é chamada “varíola dos macacos” porque se origina na descoberta inicial do vírus em macacos em 1958. 

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria. Desta forma, o nome “varíola dos macacos” diz respeito somente à primeira identificação e não a transmissão atual que é entre humanos somente. 

“Hoje essa transmissão da doença não se dá entre macacos para humanos, mas em humanos. É uma transmissão que acontece de pessoa para pessoa, por contato íntimo, muito próximo, contato sexual e contato com as lesões. Ou seja, o macaco não está envolvido nessa cadeia de contaminação. Então, pedimos que a população não faça nada contra esses animais. Eles estão na natureza, em seu habitat natural e não são os transmissores da doença”, ressaltou.