Toshihiro Nikai, do Partido Liberal Democrático, ainda não garante 100% a realização do evento.
Faltando 99 dias para as Olimpíadas de Tóquio, marcadas para iniciar dia 23 de julho, Toshihiro Nikai, líder do Partido Liberal Democrático, que é o que governa o país atualmente, disse que ainda há uma opção de cancelar as Olimpíadas.
“Precisamos cancelar sem hesitação se eles (os Jogos) não forem mais possíveis. Se os contágios se propagarem por causa das Olimpíadas, não sei para que servem as Olimpíadas. Teremos de tomar uma decisão nesse ponto”, disse.
Nos últimos dias, o Governo do Japão e de Tóquio, além dos Comitês Olímpico e Organizador garantiram, em diversas entrevistas, a realização das Olimpíadas como o planejado. Nikai, apesar do pé atrás, ainda acredita que os Jogos possam ser realizados: “Definitivamente, queremos fazer (dos Jogos) um sucesso. Para isso, há vários problemas que precisam ser resolvidos. É importante resolvê-los um por um”, completou.
Os casos de coronavírus no Japão têm aumentado depois que um estado de emergência foi totalmente suspenso em março. Neste momento, a média de novos casos é de 3400 por dia, quatro vezes mais que um mês atrás. Osaka, o epicentro do atual surto de infecções, relatou na terça-feira 1.130 novos casos, respondendo por mais de um quarto do total nacional.
O ministro japonês responsável pela campanha de vacinação, Tato Kono, citou a possibilidade de celebrar os Jogos sem público: “Organizaremos os Jogos Olímpicos de maneira realista. Pode ser que não tenhamos espectadores”, disse.
O Comitê Organizador ainda não definiu todas as diretrizes sobre o público nas Olimpíadas, mas o país não receberá torcedores estrangeiros.
*Com informações do globoesporte