Justiça autoriza quebra de sigilo e nega liberdade a suspeito de latrocínio de família encontrada em canavial  

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Justiça autoriza quebra de sigilo e nega liberdade a suspeito de latrocínio de família encontrada em canavial – Foto: Reprodução

Polícia Civil investiga a motivação do crime que vitimou Anderson Givaldo, Mirele Tofaneli e a filha do casal, Isabely, no dia 28 de dezembro do ano passado.


O juiz relator da 1ª Comarca de Votuporanga/SP negou a liberdade provisória e autorizou a quebra de sigilo telefônico e apreensão de materiais eletrônicos de um dos suspeitos de execução da “família de Olímpia”.

De acordo com a autorização do magistrado, está permitida a apreensão de celulares e aparelhos tecnológicos e de informática do homem e das três vítimas. A medida foi aplicada para que os materiais sejam analisados para colaborar nas investigações. Os três suspeitos da execução estão presos.

A Polícia Civil de Votuporanga investiga a motivação do triplo homicídio que vitimou Anderson Givaldo Marinho, de 35 anos, a mulher dele Mirele Regina Beraldo Tofaneli, de 32 anos e a filha do casal, Isabely, que tinha apenas 15 anos. Os três foram assassinados no dia 28 de dezembro do ano passado; os corpos foram encontrados no dia 1º de janeiro, em estado avançado de decomposição, em um canavial de Votuporanga.

A família desapareceu na tarde do dia 28. Anderson havia saído de Olímpia/SP acompanhado da mulher e da filha, com destino a São José do Rio Preto/SP para comemorar o aniversário de Mirele, que completou 32 anos naquela data.

No entanto, o veículo foi flagrado por um radar localizado em Mirassol/SP que, segundo os parentes, não fazia parte do trajeto. Eles chegaram a responder mensagens por volta das 14h, mas depois, não foram mais localizados e, durante a noite, os aparelhos foram desligados. 

No dia 31, um dos celulares das vítimas voltou a dar sinal na área rural de Votuporanga. Parentes fizeram uma campanha nas redes sociais e espalharam cartazes pelas ruas em busca de informações.

A polícia iniciou as investigações e descobriu que Anderson Givaldo havia sido preso por tráfico de drogas em 2017, mas continuava atuando no crime. Ele teria levado a família até o canavial para entregar drogas para um “contato”. No entanto, foi surpreendido na emboscada e morreu baleado. Mirele e Isabely teriam sido assassinadas como “queima de arquivo”.

Anderson foi o primeiro a morrer, com sete disparos. Mirele foi atingida com 13 disparos e filha do casal foi morta com quatro tiros, ela estava escondida no banco traseiro. 

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme apurado, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram no dia 2 de janeiro, no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.