Júri popular de zootecnista preso por matar filhos é remarcado para março de 2022

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Augusto Imaizumi, de 3 anos, e o irmão Otávio Imaizumi, de 4 anos, morreram — Foto: Reprodução/Facebook

Crime aconteceu na noite do dia 24 de setembro de 2016, em São José do Rio Preto/SP. Hugo Imaizumi confessou que dopou as crianças, de 3 e 4 anos, e as matou para se vingar da esposa.


O júri popular do zootecnista Hugo Imaizumi, preso por dopar e matar os dois filhos de 3 e 4 anos, foi remarcado para 24 de março de 2022, segundo informou o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) na noite desta segunda-feira (29.nov).

O pedido de redesignação do julgamento foi feito pela defesa do réu e atendido pela juíza Gláucia Véspoli Oliveira, da 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto/SP.

Registrado na noite do dia 24 de setembro de 2016, o crime repercutiu nacionalmente. O zootecnista foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por cometer duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas).

Hugo segue preso preventivamente na penitenciária Tremembé II, que é de segurança máxima e reservada somente para casos graves e especiais.

Hugo Imaizumi. | Foto: reprodução

Relembre o crime

De acordo com a denúncia feita pelo promotor José Márcio Rosetto Leite, Hugo e a mulher viviam uma crise conjugal e não dividiam a mesma cama.

No dia do crime, a esposa do zootecnista, como costumava fazer na época, foi dormir com os dois filhos em um cômodo.

Hugo tirou os meninos do cômodo e os levou para um quarto. Em seguida, dopou e matou os filhos com um canivete. Ele confessou à Polícia Civil que cometeu o crime para se vingar da mulher.

Ainda conforme a denúncia, o zootecnista gravou a cena e enviou à sogra. Logo depois, tentou suicídio com o mesmo canivete, mas sobreviveu.

A imprensa tenta entrar com contado com a defesa do zootecnista para incluir uma posição na reportagem.

Socorro

De acordo com do boletim de ocorrência registrado na época, a mãe das crianças foi à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Tangará e, desesperada, avisou a um dos guardas municipais que seu marido havia matado os dois filhos.

Os guardas foram à casa com a mulher, onde encontraram o Hugo deitado na cama com as duas crianças. Eles tentaram reanimar os meninos até a chegada do resgate, mas não conseguiram.

Ao lado dos corpos, uma carta escrita à mão foi encontrada e apreendida pela Polícia Civil. Nela, o zootecnista expressou decepção com uma suposta traição cometida pela mulher.

Hugo foi socorrido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para o Hospital de Base. Ele chegou a ficar internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas recebeu alta e foi preso.

*Informações/g1