A partir desta segunda-feira (20), o Hospital de Amor de Barretos (SP) reduzirá drasticamente os atendimentos. A medida foi tomada devido ao afastamento, por ordem judicial, de cerca de 400 funcionários como medida preventiva ao risco de contágio pelo novo coronavírus após a morte de um enfermeiro vítima de covid-19.
Com o cumprimento dessa decisão, o hospital, segundo o diretor clínico Paulo de Tarso Oliveira e Castro, não realizará procedimentos como sessões de quimioterapia e radioterapia, além de exames de ressonância magnética, tomografia e ultrassonografia.
Conforme apurado pela reportagem, a decisão judicial ocorreu devido a uma ação civil pública movida pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Ribeirão Preto (SP) e região para proteger os funcionários que se enquadram no grupo de risco da covid-19.
Em contato com um dos representantes da entidade na região do Vale do Ivinhema, Ademar Capuci, ele explicou que a unidade localizada no interior paulista passará a realizar apenas atendimentos aos casos mais graves, porém, diversos outros procedimentos serão interrompidos.
“Sem estes funcionários, que serão afastados por tempo indeterminado, a entidade não tem como realizar todos os atendimentos, desta forma, optou-se por manter apenas as atividades com relação aos pacientes mais graves como os da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e da ala pediátrica.
Queda na arrecadação
Outro fator que impacta de forma negativa as atividades do Hospital de Amor de Barretos (SP) seria a queda na arrecadação, com cancelamento e adiamento de leilões, shows e outros eventos beneficentes à entidade. A estimativa é de que desde o início da pandemia cerca de R$ 11 milhões teriam deixado de ser arrecadados pela instituição.