Por iniciativa do vereador Serginho da Farmácia (PP), e aprovado por unanimidade na Câmara, a votuporanguense emprestará nome ao espaço na Avenida Emílio Arroyo Hernandes, no bairro Pozzobon.
A Câmara Municipal de Votuporanga/SP aprovou por unanimidade durante a 13ª sessão ordinária, nesta segunda-feira (15.abr), o projeto de autoria do vereador Serginho da Farmácia (PP), que denomina a Ciclovia Marilei Borgonove Garrido “Marlei”, o espaço localizado na Avenida Emílio Arroyo Hernandes, no bairro Pozzobon, criado após o processo que revitalização que ocorre na principal via da zona norte.
A votação foi acompanhada com emoção por familiares e amigos da homenageada, que marcaram presença nas galerias do Palácio 8 de Agosto.
Confira o histórico do homenageada
De acordo com o projeto “Marilei Borgonove Garrido “Marlei” nasceu em 27 de fevereiro de 1963, em Votuporanga, filha de Amélia Borgonove Garrido e Joaquim Garrido. Marilei sempre gostou de ser chamada de “Marlei”. De família muito humilde, era a quarta filha de sete irmãos. Desde criança “trabalhava pra ajudar no sustento da família”. Seu pai era vendedor ambulante e Marlei o ajudava. Após a separação de seus pais, para ajudar a família em dificuldades financeiras que em muitos momentos contava com auxílio de alimentos ganhados, começou a trabalhar como empregada.
Desde criança, foi uma mulher muito esforçada e trabalhadeira, trabalhava nas lavouras de algodão, trabalhou como faxineira e também como balconista e ajudante de cozinha na extinta “Panificadora Votuporanga”. Em 1983 com 20 anos casou-se e continuou trabalhando como balconista e ajudante de padaria. Em 1986 nasceu sua primeira filha Vanessa, onde em função dos cuidados com a filha começou trabalhar como faxineira na possibilidade da filha a acompanhar no trabalho. Em meados de 1990 na tentativa de trabalhar como autônoma ela e seu marido, começam um pequeno “bar” em um posto de gasolina, extinto “Posto Amazonas”. Desde então, sua habilidade na cozinha sempre foi notada, fazia uma das melhores bolinhas de carne, e seus dons da culinária sempre foram notados.
Em 1993 nasce sua segunda filha Natália. Marlei continuam trabalhando no ramo de fabricação de salgados e em 1994 surge a possibilidade de Marlei e seu marido arrendarem a “Panificadora Camila”. Isso foi a realização de um sonho e muito trabalho também. O espírito empreendedor de uma mulher que apenas cursou o primeiro ano de escola foi surpreendido.
Dona de muita perseverança nunca desistiu do seu propósito de melhorar financeiramente sua vida e da família. De um coração muito generoso, sempre auxiliava as igrejas, ongs e propostas do ramo social para auxiliar os mais necessitados. Sempre ativa a ajudar voluntariamente em alimentos e financeiramente.
Em 2001 após o divórcio, Marlei se propõe a mais trabalho, uma das boas memórias é de sempre dizer que a “Padaria Camila” era sua terceira filha e tão especial quanto as outras (SIC). Como proprietária da Panificadora Camila foram 25 anos de muito trabalho, sucesso e muitas conquistas, seus esforços foram reconhecidos, e trabalhar era uma gratificação estampada no rosto em todos os dias. Marlei era uma pessoa de personalidade forte, iniciativa, perseverança e fé sempre acreditou que toda conquista é resultado de trabalho e nunca mediu esforços para trabalhar por até 18 horas diariamente.
Em 2018 encerra as atividades no comércio e dedica-se a trabalhos voluntários, sempre dizia que “ajudar o próximo era gratificante, eu sei como é ter fome, já fui criança” (SIC). Em 2021 um câncer agressivo de pulmão infelizmente avançado encerrou a jornada dessa guerreira, com apenas 58 anos, não houve tempo hábil para tratamento e em 21 de novembro de 2021 Marlei faleceu. Marlei deixa duas filhas Vanessa casada com Marcelo e Natália casada com Rafael além do neto Pedro, além de um legado de honestidade, perseverança, fé e muito trabalho, a paixão da sua existência aqui foi trabalhar para si e para próximo.”