A Polícia Civil vai investigar o caso.
Carlos Alberto Moraes, 39 anos, autônomo, morador de São Paulo, capital, registrou um boletim de ocorrência no Plantão Policial depois que o cadáver do irmão foi violado no IML (Instituto Médico Legal) de São José do Rio Preto/SP, durante uma autópsia. Ele acusa funcionários do local de compartilhar fotos do corpo do irmão em aplicativo de mensagens.
Entenda o caso:
O irmão de Carlos, Emerson Morais dos Santos, de 26 anos, que morava em Olímpia/SP, estava desaparecido há alguns dias quando um cadáver parcialmente carbonizado e com as mesmas característica de Emerson, foi encontrado em Mirassol/SP, no dia 17 de março.
Carlos soube do encontro do cadáver que possivelmente poderia ser do irmão desaparecido. No dia 20 de março, Carlos veio a Rio Preto para tentar fazer o reconhecimento do corpo.
Ao chegar no IML, foi informado pela médica que o cadáver encontrado em Mirassol já havia passado pela autópsia e que o corpo estava em estado avançado de decomposição, o que não teria sido possível costurar depois da autópsia. Para evitar mais constrangimento no momento de dor da família, Carlos então fez o reconhecimento do corpo do irmão por meio de fotos apresentadas a ele no IML. Emerson foi reconhecido como o homem encontrado parcialmente carbonizado em Mirassol. Quatro dias após o reconhecimento do corpo, Emerson Morais, foi enterrado pela família.
Carlos, segundo depoimento a polícia, disse que no mesmo dia do enterro, a família recebeu várias fotos do cadáver do irmão, diferente das fotos usadas para fazer o reconhecimento do corpo de Emerson. Segundo a família, as fotos apresentadas no IML eram focadas no rosto, já as fotos que estariam circulando no aplicativo de mensagens mostram com nitidez todo o corpo de Emerson e o expõe completamente, nas fotos compartilhadas no aplicativo também é possível observar que foram tiradas de dentro do IML.
Segundo Carlos, por essa razão, ele e a família se sentiram desrespeitados, o que ocorre em crime de vilipêndio, de acordo com o código Penal art. 212 (O vilipêndio é ato de fazer com que alguém se sinta humilhado, menosprezado ou ofendido, através de palavras, gestos ou ações, pode ocorrer de diversos modos, como por exemplo, divulgar fotos do cadáver em situações trágicas, proferir palavrões contra o ele, praticar atos sexuais com ele etc.)
A Polícia Civil vai investigar o caso. A Diretoria do Instituto Médico Legal já adotou todas as medidas para apuração e responsabilização dos envolvidos no fato. O caso também é apurado pelo 2º Distrito de São José do Rio Preto, que apura todas as circunstâncias relacionadas ao fato.
*Informações/Karol Granchi/Juliano Abocater/sbtinterior