Obras para ampliação do canal de Nova Avanhandava, em Buritama/SP, tem previsão de entrega em 2026 e devem melhorar a logística de navegação em mais 16 quilômetros de rio e uso de duas hidrelétricas.
Responsável por movimentar cerca de 2,5 milhões de toneladas de diferentes tipos de carga entre cana-de-açúcar, milho, soja, insumos e equipamentos, a hidrovia Tietê-Paraná poderá ampliar esse volume para até sete milhões de toneladas quando as obras forem concluídas.
Para chegar a todo esse volume de capacidade de transporte, as obras de ampliação do canal Nova Avanhandava, em Buritama/SP, estão em fase de aprofundamento, com 60 metros de largura – em 3,5 metros, ao longo de 16 km.
A principal melhoria com o aprofundamento do canal é permitir a passagem de embarcações de grande porte mesmo nos períodos de seca, quando o nível da água menor reduz também o calado permitido.
As intervenções devem retirar 552 mil m³ de material rochoso, o equivalente a 600 piscinas olímpicas. Este acréscimo ocorre graças à ampliação da profundidade do leito do Rio Tietê entre os reservatórios de Ilha Solteira/SP e Três Irmãos.
Demanda antiga
O aprofundamento do canal de Nova Avanhandava é uma demanda antiga para o setor de logística. Iniciada em 2017, a obra tinha previsão de término para este ano. Mas, após uma paralisação, ela foi retomada em 2023 e, agora, tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2026.
Ao todo, serão investidos R$ 293,8 milhões. Após a conclusão, a obra vai melhorar a logística de navegação em mais de 16 quilômetros de rio e o uso de duas hidrelétricas.
Além do estado de São Paulo, a conclusão da obra trará benefícios para as regiões sul e centro-oeste, pois trata-se de um importante meio de escoamento de produtos e insumos agrícolas entre as regiões produtoras e o porto de Santos/SP, com 30 terminais de múltiplo uso ao longo da hidrovia.
Cerca de um terço (800 km) dos 2,4 mil km de extensão da hidrovia passam por São Paulo. Os demais 1,6 mil km dividem-se entre Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 120,7% no total de cargas movimentadas por meio do canal.
*Com informações do g1