HB realiza primeiro implante coclear em paciente com deficiência auditiva; entenda

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Primeiro implante coclear é realizado no Hospital de Base de Rio Preto — Foto: Divulgação

Cirurgia consiste em colocar um dispositivo eletrônico dentro do ouvido para estimular o nervo auditivo e levar sinais ao cérebro. Médicos do Hospital de Base de Rio Preto afirmaram que procedimento foi realizado com “sucesso”.


O Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto/SP realizou o primeiro implante coclear desde sua fundação, em 1970. A cirurgia consiste em colocar um dispositivo eletrônico dentro do ouvido para estimular o nervo auditivo e levar sinais ao cérebro.

Desde 2003, a instituição é habilitada para atender pacientes com perda auditiva e fazer a adaptação de prótese auditiva. O Serviço de Otorrinolaringologia e o Serviço de Fonoaudiologia colocam 2,5 mil aparelhos auditivos por ano.

Em 2022, o hospital passou a ser habilitado para realizar o implante coclear. Meses depois, fez a primeira cirurgia. O paciente passou pelo procedimento na quinta-feira (16.mar).

O implante é feito em duas unidades: a interna, que é colocada na cóclea através de cirurgia, e a unidade externa, que é o processador, responsável por captar o estímulo sonoro e encaminhar para a unidade interna, estimulando o nervo auditivo e fazendo com que o paciente ouça o som.

Segundo o professor Luciano Maniglia, o implante beneficia as pessoas cujo aparelho auditivo convencional não possui mais benefícios.

“O procedimento é de alta complexidade, mas com chances de complicações relativamente pequenas. Com a capacidade do cérebro de aprender e se reprogramar, ele se adapta para captar e interpretar esse som que foi gerado pelo aparelho”, disse.

Ainda conforme Luciano Maniglia, a recuperação do paciente para o início dos testes com aparelho em pleno funcionamento leva aproximadamente 30 dias.

“O aparelho fica desligado por 30 dias. Depois deste período, é ativado, e o paciente começa a ouvir. Importante ressaltar que é um processo. O paciente não sairá ouvindo perfeitamente na ativação do mesmo. Com o tempo e uso, o cérebro vai se adaptar com a nova audição”, afirmou.

*Com informações do g1