Evento contou com profissionais da educação de 8 estados, 104 municípios e reforçou o compromisso com a inclusão, empatia e conhecimento científico.
O Votuporanga Clube foi palco, no último sábado (25.out), do 3º Encontro sobre Autismo de Votuporanga, realizado com o apoio da Prefeitura de Votuporanga, do Getea (Grupo de Estudos sobre o Transtorno do Espectro Autista) e do Instituto Federal de São Paulo – Campus Votuporanga (IFSP).
O evento reuniu aproximadamente mil participantes, entre profissionais da educação, saúde, pais, familiares, pessoas com autismo e interessados no tema. Consolidado como um dos mais relevantes sobre o assunto, o encontro teve como foco a disseminação de conhecimento e boas práticas sobre autismo, atraindo representantes de oito estados e 104 municípios brasileiros.
O encontro contou com a presença de diversas autoridades e parceiros institucionais, entre eles, Ana Cláudia Picolini, idealizadora do Getea; Ricardo Teixeira Domingues, diretor do IFSP Votuporanga; o vereador Marcão Braz, representando a Câmara Municipal; Ivonete Félix do Nascimento, secretária da Saúde, representando o prefeito Jorge Seba; e Juliana Vieira, representando o secretário da Educação, Marcelo Batista.
A programação contou com dois palestrantes de referência nacional. O ativista autista, escritor e estudante de Psicologia pela FMU, Wallace Lira, ministrou a palestra “Uma mente que não consegue se encaixar”, abordando desafios, vivências e o protagonismo da pessoa autista na sociedade contemporânea.
Em seguida, o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Departamento de Biologia Estrutural e Funcional, Nino Paixão, apresentou a palestra “Neurociência como agente facilitador da aprendizagem”, destacando como o conhecimento científico pode transformar práticas pedagógicas e promover a inclusão efetiva.
No período da tarde, o encontro prosseguiu com 21 oficinas presenciais realizadas no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Votuporanga. Os participantes se aprofundaram em temas como Escola x Diagnóstico x Família; Neurociência aplicada à Educação Inclusiva; Adaptação de atividades; Mediação escolar e comunicação alternativa; e Inclusão na educação infantil e no ensino regular, entre outros.
Segundo a idealizadora do Getea Ana Cláudia Picolini, o evento reafirma a importância da informação e da empatia como caminhos para a inclusão: “A cada ano percebemos o fortalecimento desse movimento que começou em Votuporanga e hoje inspira municípios de todo o Brasil. O autismo não deve ser visto como um desafio individual, mas como uma responsabilidade coletiva. Nosso objetivo é garantir conhecimento para transformar vidas.”






