Por Chef Juarez Soares
Você já ouviu falar na expressão “Memória de Elefante”, que normalmente é utilizada como qualidade daqueles que nada esquecem, lembram de tudo, principalmente no meio acadêmico e profissional de forma geral.
Pois é, o paquiderme não empresta seu nome à expressão à toa, é fato que os descendentes dos mamutes possuem uma memória proporcional ao seu tamanho e que jamais esquecem o que se passa em suas longas vidas, inclusive os humanos.
A história que você vai acompanhar a seguir te dará no desfecho final, a dimensão exata da extensão que a memória pode atingir e de como a confiança do homem no animal depende muito das lembranças de ambos.
Era o ano de 1997, Robert Kalven, recém formado em Zoologia pela Universidade de Conliveland, resolveu visitar o continente africano, e em especial um pequeno país chamado Botsuana, que detém a maior população de elefantes do mundo, já que detinha um grande interesse em estudar mais a fundo a vida dos paquidermes.
Durante de uma das suas caminhadas deparou-se com um bebê elefante sozinho que emitia sons de dor e estava com a pata dianteira esquerda levantada, já havia sido deixado para trás pela manada por não conseguir mais acompanhar o grupo.
Cautelosamente Robert se aproximou do pobre animal e com muito cuidado e carinho foi conquistando a confiança do elefantinho, que embora com uma dor atroz, permitiu a aproximação do jovem zoólogo.
Robert ajoelhou-se e começou a examinar a pata onde encontrou um enorme pedaço de galho pontudo quebrada cravado no canto da grande sola filhote e com a ajuda de uma faca, tomando bastante cuidado e o máximo de delicadeza possível removeu o galho.
Logo em seguida, ainda muito relutante o elefantinho, vagarosamente foi descendo a pata até que tocasse o solo, prosseguiu firmando lentamente, até que finalmente arriscou um primeiro e tímido passo na direção de Robert.
Olhou fixamente por alguns segundos nos olhos do seu salvador e avançou em mais um passo na direção de Robert, que por um breve momento temeu ser atacado, porém, num movimento delicado, principalmente por parte de um animal daquele porte, que suavemente tocou seu rosto com sua tromba, erguendo-a na sequência e emitindo um som alto e agudo, característico dos elefantes.
Tornou-se para o sentido contrário e saiu em disparada, muito provavelmente para tentar alcançar a manada que o deixou para trás.
Aquele olhar profundo de gratidão daquele animal jamais saiu da cabeça de Robert e vinte anos depois, ao levar seu filho Robert Jr., já adolescente para conhecer o Zoológico de Chicago, ao se aproximarem do espaço reservado aos elefantes onde haviam vários espécimes, um deles, após ouvir a voz de Robert, virou quase que imediatamente a enorme cabeça na direção dele e iniciou uma lenta caminhada na sua direção.
Ao chegar no limite do cercado o enorme animal olhou fixamente para os olhos de Robert como o foi a vinte anos, e para o espanto do zoólogo o elefante ergueu a pata esquerda e a tocou no solo por várias vezes, emitindo altos e agudos sons ao mesmo tempo que o encarava.
Assustados todos em volta correram em diversas direções em total desespero, temendo que aquele enorme paquiderme rompesse o cercado e partisse para cima deles e os pisoteasse.
Tomado de uma emoção indescritível Robert segurou firmemente a mão do seu filho e lhe disse que não se preocupasse, pois, nada de mal iria lhe acontecer, as cenas do ocorrido em 1997 passavam-lhe como um filme e ato contínuo, dirigiu-se a grade do cercado e a escalou sem a menor sombra de medo entrando no espaço dos elefantes.
Caminhou confiante na direção do seu “amigo” que novamente emitiu aquele som estridente, e sem titubear Robert abraçou aquele imenso animal como se fora um filho querido tomado de saudade por a muito não o ver.
Numa reação incrivelmente inesperada o elefante, lentamente enrolou a tromba nas pernas de Robert, o filho e as demais pessoas que voltaram para contemplar aquela cena tão singela assistiam tudo com aquele olhar de ternura.
Então, num gesto repentino o elefante arremessou Robert a uns dez metros de distância, contra a parede do abrigo, emitiu outro som estridente, correu na direção do corpo caído e o pisoteou por diversas vezes com a pata esquerda.
Aquela imagem se fixou na cabeça de Robert Jr., que por anos tentou entender porque um animal dotado de uma memória tão grande pode ter aquela reação contra quem o havia salvado.
Não parou de pesquisar a origem daquele elefante e descobriu que ele não havia vindo de manadas oriundas de Botsuana, ou seja, não era o mesmo animal.
Qual a moral dessa história?
Simples: Nem todo o final é feliz. E convenhamos, era um elefante e o caro Robert deu chance para o azar.
“Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém!”, já dizia minha vó!
TWIST DE BANANA COM SORVETE:
Você vai precisar de: 1 lt de sorvete da sua preferência; -1 pedaço (50g) de gengibre; -3/4 de xícara de farinha de trigo; -2 ovos; -50 ml de leite; 5 bananas (prata ou nanica); 2 colheres de sopa de azeite; 150g de chocolate meio amargo derretido.
Preparo: Rale o gengibre, esprema e adicione o suco ao sorvete, retome a temperatura, modele em bolas e reserve no freezer. Misture a farinha de trigo aos ovos e o leite, até obter uma massa homogênea, passe as bananas cortadas no sentido vertical (4 partes) e passe-as na massa e frite-as no azeite até ficarem douradas. Monte porções individuais (4 pedaços), coloque uma bola de sorvete por cima, regue com o chocolate derretido e sirva.