Ex-vice-prefeito de Fernandópolis é preso em operação contra o crime organizado 

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Ex-vice-prefeito de Fernandópolis é preso em operação contra o crime organizado – Foto: Reprodução

Alcides do Faria foi detido em Boituva/SP e é investigado por sonegação fiscal e possível envolvimento com o tráfico de drogas.


O ex-vice-prefeito de Fernandópolis/SP e ex-deputado estadual, Alcides Benedito de Andrade, conhecido popularmente como Alcides do Faria, foi preso durante uma operação de combate ao tráfico de drogas e crimes associados em São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. A operação, denominada “Operação Rota do Rio”, já está em sua segunda fase e visa desmantelar esquemas de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

De acordo com o apurado, Alcides do Faria foi detido em Boituva/SP e é investigado por sonegação fiscal e possível envolvimento com o tráfico de drogas.

Os agentes do Rio de Janeiro, em parceria com o DRCO (Departamento de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil do Estado do Amazonas, cumpriram 26 mandados de prisão nos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No Amazonas, foram presos André Luiz Perez Araújo, André Luiz Lessa Maia e Raimundo Lima da Silva. Os nomes de outros três presos não foram divulgados.

A operação tem como foco pessoas jurídicas e físicas responsáveis pela lavagem de dinheiro das facções criminosas Comando Vermelho e Família do Norte, que atua no Amazonas.

De acordo com a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), o esquema movimentou R$ 126 milhões em dois anos.

Esquema investigado

As investigações revelaram um complexo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo entrepostos em vários estados, que tinham como destino a cidade de Manaus/AM. O grupo operava com uma divisão de tarefas meticulosa, utilizando contas de empresas localizadas principalmente nas regiões de fronteira do Estado do Amazonas para ocultar a origem ilícita dos fundos.

Os mandados cumpridos durante a operação foram distribuídos em 15 no Amazonas; três no Paraná; cinco no Rio de Janeiro e três em São Paulo. 

A operação continua em andamento, e as autoridades estão empenhadas em desmantelar totalmente a rede criminosa envolvida.