Alberto Martins Cesário, professor e escritor
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Você já parou para pensar na vida de um professor como a trajetória de uma estrela no céu? Parece um pouco grandioso, talvez até poético, mas a verdade é que essa comparação não está tão longe da realidade quanto imaginamos. A vida de um professor é, de fato, uma constelação cheia de desafios e maravilhas, e como as estrelas, nós brilhamos não por acaso, mas por uma força que parece estar em nossa essência.
A primeira coisa que devemos reconhecer é que as estrelas não estão ali para se mostrar. Elas simplesmente são. Seu brilho é uma consequência natural de sua existência, e é exatamente isso que acontece com o professor. Não é que o professor se ache mais importante ou busque reconhecimento incessante. Não é sobre buscar holofotes e aplausos. O verdadeiro brilho do professor vem de sua paixão pelo que faz e de sua dedicação diária, mesmo quando o cenário parece ser um vasto espaço de desafios.
Nos últimos tempos, lidar com os alunos tornou-se uma tarefa que pode se assemelhar a tentar iluminar uma noite sem fim. A dificuldade em manter o foco, a atenção e a disciplina têm se tornado um verdadeiro teste de paciência e criatividade. Nossos alunos, envolvidos em um mundo repleto de estímulos constantes e rápidos, às vezes parecem distantes da nossa luz, como se tentássemos atravessar uma tempestade estelar.
A cada dia, os professores enfrentam o desafio de capturar e manter a atenção de seus alunos, que muitas vezes parecem ter a mente vagando para além do universo de sala de aula. Lidar com comportamento inadequado e a falta de disciplina pode se assemelhar a combater um buraco negro que suga nossa energia e paciência. A sensação de que estamos lutando contra uma força invisível e poderosa é real e palpável.
Mas, mesmo assim, assim como as estrelas que continuam a brilhar em meio ao espaço escuro, nós, professores, seguimos em frente. Por quê? Porque essa é a nossa natureza. O brilho do professor não vem de um desejo de reconhecimento ou da necessidade de ser visto. Ele vem de um lugar mais profundo – o desejo de fazer a diferença, de acender uma pequena chama no coração e na mente de cada aluno.
Mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos, nós, professores, não desistimos. Somos estrelas que continuam a brilhar, mesmo no meio de um espaço escuro e vasto. Essa é a nossa essência. A verdade é que o brilho do professor vem de um desejo mais profundo, de uma paixão verdadeira. A gente está aqui porque quer fazer a diferença na vida dos alunos. Queremos acender uma pequena chama na mente e no coração deles, algo que pode crescer e iluminar o caminho deles no futuro. Esse é o combustível que nos move, o que nos faz continuar dando o melhor de nós, mesmo quando as coisas ficam difíceis. O nosso trabalho não é sobre aplausos e medalhas, é sobre transformar vidas, uma aula de cada vez.
Então, em vez de desanimar com os desafios que enfrentamos, devemos lembrar que cada pequeno progresso, cada momento em que conseguimos capturar a atenção dos alunos, é como uma estrela brilhando em um céu noturno. Esses momentos podem parecer pequenos e passageiros, mas são eles que compõem a constelação do nosso trabalho.
A verdade é que ser professor nunca foi fácil. Mas há uma beleza e uma força intrínsecas nessa profissão que nos mantêm firmes, mesmo quando a estrada se torna nebulosa e o caminho incerto. Nossa missão é, em muitos aspectos, semelhante à missão das estrelas: iluminar e guiar, mesmo quando a escuridão parece dominadora.
Para aqueles que estão começando a se questionar sobre a continuidade na profissão, lembrem-se de que a luz das estrelas não se apaga facilmente. Ela é resistente e persistente, e é essa mesma persistência que deve nos inspirar. O caminho pode ser árduo, mas a beleza do que fazemos é imensa. Cada aluno que conseguimos tocar, cada mente que conseguimos acender, é uma estrela em nossa constelação pessoal.
Portanto, quando os desafios parecerem esmagadores e a escuridão se fizer mais presente, olhe para o céu e veja as estrelas. Lembre-se de que, como elas, você também tem um brilho que não pode ser apagado. É o brilho da paixão, da dedicação e do amor pelo ensino. É o brilho de alguém que, mesmo em meio às adversidades, continua a iluminar e a guiar, porque essa é a sua verdadeira natureza.
Vamos seguir brilhando, não por vaidade, mas pela essência de quem somos. A constelação que criamos com nosso trabalho é a prova de que, apesar das dificuldades, nosso brilho é eterno.
Continue a brilhar professor, e até o próximo texto!!!