Endocrinologista explica sobre caneta emagrecedora

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Médica endocrinologista Layne Beretta Martins Ronchi – Foto: Reprodução

Dra. Layne Beretta Martins Ronchi deu detalhes sobre este medicamento, que tem feito sucesso no tratamento contra obesidade.


Você já deve ter ouvido falar sobre elas: canetas emagrecedoras! Esses medicamentos para diabetes viraram aliados de perda de peso e são aprovados para o tratamento de obesidade. Mas a sua automedicação é prejudicial à saúde.

A médica endocrinologista do SanSaúde, Dra. Layne Beretta Martins Ronchi, deu detalhes sobre essas substâncias. “Tratam-se de um tipo de medicamento conhecido como análogo de GLP-1, aprovado para tratamento de obesidade. É comercializado na forma de caneta, pois sua administração é via subcutânea. Na verdade, atualmente no Brasil há apenas uma única medicação dessa classe com aprovação EM BULA para tratamento de obesidade: a Liraglutida”, explicou.

Dra. Layne destacou seu funcionamento no corpo. “Age diretamente no hipotálamo, que é a região do nosso cérebro que controla a fome. Reduz o apetite, pois estimula os nossos neurônios responsáveis pela saciedade e inibe nossos neurônios da fome. Além disso, ela atua também no trato gastrointestinal, reduzindo o esvaziamento do estômago e, com isso, nos sentimos mais satisfeitos”, complementou.

Entretanto, a médica frisou que a medicação é indicada em associação à dieta e exercício físico para paciente com obesidade (Índice de massa corporal ≥ 30 kg/m²) ou para pessoa com sobrepeso (Índice de massa corporal ≥ 27 kg/m²) que tenham doenças relacionadas ao excesso de peso.

Resultados

Nos estudos com a Liraglutida, um em cada três pacientes que fizeram uso da medicação perdeu 10% do peso corporal. “Mas há que se reforçar que o medicamento é apenas parte do tratamento. Para vencer a obesidade, uma dieta adequada e exercícios físicos regulares são FUNDAMENTAIS”, ressaltou.

Riscos

Desde que o paciente faça acompanhamento regular, os riscos são baixos. “Seu médico irá avaliar se realmente há indicação para uso da medicação, a dose adequada, analisará os efeitos colaterais e fará intervenções necessárias. O grande risco existe para quem se automedica. Procure sempre um endocrinologista para auxiliá-lo, inclusive se houver contraindicações”, orientou.