Empresário local doa protetores faciais impressos em 3D à Santa Casa

2049

O engenheiro Marcelo Cuin, da Brasil EPI – Equipamentos de Proteção Individual, contou  como são impressas as máscaras protetoras e garante que são a mais nova aliada dos profissionais de saúde na guerra contra o covid-19.

Em tempos de pandemia por Covid-19 e o sistema público de saúde sendo exigido ao máximo, claramente existe a necessidade de apoio e criatividade por parte da sociedade; em Votuporanga/SP, o engenheiro e empresário Marcelo Cuin, da Brasil EPI – Equipamentos de Proteção Individual, decidiu confeccionar máscaras especiais (protetores faciais) e doá-las à Santa Casa.

De acordo com Marcelo, o uso do equipamento não dispensa o uso da máscara, sendo assim é mais uma barreira para evitar o possível contágio quando do profissional da saúde em atendimento.

“Cada protetor é produzido para ajudar os profissionais de saúde, é montado com uma haste para a cabeça (impressa em 3D, que pode ser esterilizada), uma folha de acetato transparente (esterilizável) e um elástico para fixação”, explica o engenheiro.

“A ideia é produzir, via impressão 3D, protetores faciais do tipo FaceShield, para reduzir a contaminação das equipes de saúde e de pacientes”, salientou Marcelo Cuin.

O primeiro lote desses novos “escudos” será entregue à Santa Casa nesta próxima segunda-feira.

Inovação em momento de crise

Marcelo explicou que já foi procurado por profissionais da saúde dos municípios vizinhos como: Fernandópolis, Valentim Gentil, Guarani d’Oeste, entre outros, interessados no novo protetor; entretanto, ele afirmou que deve repassar algumas unidades; a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Unimed de Votuporanga.

Projeto Hígia no combate ao Covid-19

Marcelo Cuin não está sozinho nessa, geralmente nos momentos mais difíceis, vemos iniciativas surgirem e mudarem o cenário. Uma delas chama-se Projeto Hígia, com um nome bem promissor: uma deusa grega que cuida da saúde, limpeza e sanidade.

Projeto Hígia produz com impressão 3D protetores faciais no combate ao Covid-19.

Maria Elizete Kunkel, PhD em Biomecânica, docente e pesquisadora na Unifesp, além de coordenadora do Mao3D, encontrou junto com uma equipe de mais de 100 voluntários uma forma de contribuir com a não-propagação do vírus Covid-19.

São protetores faciais, como um EPI, ou seja, um equipamento de proteção individual. O protetor não descarta o uso da máscara N-25, nem a touca. Entretanto, é um item essencial para os profissionais da saúde nos cuidados de um paciente infectado.

É uma haste regulável impressa em 3D e uma folha de acetato tamanho A4 fixada por botões impressos ou elástico. “Um modelo simples, mas muito funcional”, conforme a postagem do grupo oficial no Facebook.

Há voluntários espalhados pelo país e a ideia é que todos os hospitais brasileiros recebam os protetores faciais. “Para se ter uma ideia, com um 1 quilo de PLA, ou seja, a matéria prima da impressão 3D, é possível imprimir até 25 protetores”, explica Elizete. Num caso concreto, já são 25 profissionais mais protegidos do contágio.

As ações já iniciaram. Os dois primeiros hospitais a receber os protetores faciais encontram-se em São Paulo, local com mais infectados atualmente. “Já estamos fazendo para os hospitais como o Hospital Municipal de São José dos Campos e o Hospital São Paulo”, conta a pesquisadora.

Esterilização do equipamento

O protetor facial deve ser esterilizado como qualquer equipamento em ambiente hospitalar. A haste impressa em 3D deve ser esterilizada como um óculo, por exemplo. Algum líquido químico que elimine as bactérias. Já o acetato deve ser trocado conforme a necessidade. É essencial que seja um material transparente, com uma espessura que não seja nem muito rígido, nem muito maleável. O médico ou o profissional da saúde devem fazer este procedimento antes do uso.