Suspeito de cometer crime foi identificado e teve prisão temporária decretada, mas segue foragido. Ele possui passagens por lesão corporal e homicídio.
Uma discussão provocada por som alto motivou o assassinato dos dois homens baleados na noite de 18 de julho, no bairro Vila Toninho, em São José do Rio Preto/SP. A informação foi divulgada pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).
Marlom Mateus da Silva, de 27 anos, e João Euclides Maurício França, de 32 anos, foram atingidos com um tiro no peito. Eles foram socorridos e levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Toninho, mas não resistiram aos ferimentos.
Segundo a Polícia Civil, um homem foi identificado como o autor do duplo homicídio e teve a prisão temporária decretada, mas segue foragido. O suspeito possui passagens por lesão corporal e homicídio. Os dois crimes foram cometidos no Maranhão.
Versões de um duplo assassinato
Segundo o boletim de ocorrência, um familiar de uma das vítimas contou à polícia que um dia antes do crime, no sábado, houve uma discussão entre um dos primos e o vizinho devido ao som alto.
A tia dos rapazes, Rita Sindou, de 45 anos, diz que as vítimas ficaram incomodadas com o som alto, porque precisavam dormir para acordar no dia seguinte para ir trabalhar. “O morador da casa não gostou quando foram pedir para baixar o som. De pirraça, ele ainda aumentou mais. Ligamos para a Polícia Militar, mas não enviaram nenhuma viatura para cá para resolver”, reclama a tia. A PM disse que vai apurar, porque não foi deslocada viatura para o local.
Os rapazes foram mortos na noite de domingo, quando estavam prestes a entrar em casa. Há duas versões sobre a forma que ocorreu o crime. A primeira é de que o vizinho sozinho teria feito os dois disparos que mataram os rapazes – um tiro no peito de cada um. A segunda versão é de que um veículo, com quatro homens, se aproximou da casa em que as vítimas estavam. Dois homens teriam descido e disparado contra Marlon e João.
Nas duas versões, as pessoas que teriam participado do crime fugiram logo em seguida. As vítimas chegaram a receber atendimento emergencial na UPA, mas não resistiram à gravidade dos ferimentos.
Parentes estão revoltados com a morte dos primos após uma simples divergência por som alto e cobram empenho da polícia para prisão dos autores do crime.
“Eram rapazes de bem. Nossa família estava toda em festa com o bebê do João. Não é justo que ele tenha sido assassinado. A mulher ficou viúva, ele vai deixar três filhos, inclusive a menina que está para chegar”, lamenta a tia. Marlon era solteiro, mas ajudava no sustento da casa dos pais.