Dia Mundial do AVC: saiba a importância do diagnóstico precoce

553
Tomografia computadorizada, outro exame que pode ser utilizado pelo médico para diagnóstico e acompanhamento da evolução clínica do paciente - Foto: Reprodução

Cada segundo para ser atendido por médico faz toda diferença para vítima de AVC, alerta neurocirurgião do Austa Hospital.


Subitamente, um lado do corpo paralisa, a boca entorta e há dificuldade para falar. Esta cena acontece, em média, com quase 1.000 pessoas no Brasil todo dia. Elas estão sofrendo um AVC, o acidente vascular cerebral ou o derrame, como é conhecido popularmente. É um caso a cada 2 minutos. A partir deste instante, cada segundo é vital para salvar a vítima ou reduzir as sequelas e o impacto que ele causará a ela. Portanto, conhecer esta doença e saber identificá-la é fundamental, este é o principal objetivo do Dia Mundial do AVC, celebrado neste domingo, 29 de outubro.

O AVC, portanto, é uma doença reversível. A pessoa pode se curar, no entanto, tudo depende da rapidez com que ela é atendida. “Quando ocorre o AVC, o fluxo sanguíneo para o cérebro fica comprometido, fazendo com que os neurônios fiquem sem oxigênio e, consequentemente, morram. Portanto, à medida em que o tempo passa, os danos ao cérebro aumentam, consequentemente, as chances de sequelas, tornando a recuperação do paciente mais difícil” explica o neurocirurgião Lucas Crociati Meguins, do Austa Hospital, de Rio Preto.

Segundo o último levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, 99 mil brasileiros morreram vítimas de AVC em 2020.

Os sinais se manifestam de forma momentânea e rápida, em poucos segundos:

– a pessoa deixa de movimentar um lado ou outro do corpo;

– subitamente tem dificuldade de falar ou alteração da fala, dificuldade de articular e entender palavras

– a boca e/ou o rosto ficam entortados.

O AVC é causado ou associado a fatores que prejudicam a circulação de sangue no cérebro, entre os quais, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo são os três principais. Estes se somam ainda à presença de dislipidemias, colesterol alterado, triglicerídeos acima do esperado. “Além destes fatores, hábitos de vida como o sedentarismo, obesidade, o aumento do diâmetro abdominal e alimentação inadequada, insônia persistente ou má qualidade de sono, a síndrome de fadiga crônica e falta de atividade física, tudo somado contribui muito para a evolução da doença arterial intracraniana, que culmina no acidente vascular cerebral”, pontua o neurocirurgião. Outras causas, mais raras, são as síndromes genéticas.

Reconhecer o início de um AVC e encaminhar rapidamente a pessoa ao serviço de saúde não basta. É essencial também, segundo Dr. Lucas, que o paciente seja atendido por uma equipe multiprofissional especializada e preparada para este caso específico.

O Austa Hospital possui o protocolo de AVC que norteia as ações de sua equipe especializada, formada por neurologistas, neurocirurgiões e profissionais de enfermagem, dentre outros. Rapidamente e com precisão, eles avaliam qual tipo de AVC a pessoa está tendo: o AVC isquêmico, quando a artéria está entupida, ou o AVC hemorrágico, em que a artéria se rompe, permitindo que o sangue extravase. Este tipo de AVC é popularmente conhecido como derrame cerebral.

Neurocirurgião Lucas Crociati Meguins, do Austa Hospital, de Rio Preto – Foto: Reprodução

Para auxiliar no diagnóstico rápido e preciso, os médicos conta com exames realizados no Austa Medicina Diagnóstica, como a tomografia de crânio e a ressonância magnética. “No Austa, dispomos de um parque diagnóstico efetivo, objetivo e rápido e de exames complementares que nos auxilia a decidir pelo melhor tratamento”, destaca Dr. Lucas. “Possuímos toda a tecnologia e infraestrutura hospitalar para restabelecer o fluxo sanguíneo no cérebro, promovendo a recuperação neurológica do paciente.”

Já em caso de acidente vascular encefálico do tipo hemorrágico, quando um coágulo comprime o cérebro, a equipe do Austa Hospital realiza cirurgia para drená-lo, aliviando a hipertensão intracraniana, restabelecendo fluxo sanguíneo cerebral nos dois hemisférios do cérebro.

A alta hospitalar não representa o fim do tratamento e recuperação do paciente. Este é o fim da fase aguda, após a qual se inicia a reabilitação clínica, etapa muito mais longa na vida de pacientes que permanecem com sequela neurológica. Nesta fase da recuperação, é importante que o paciente conte com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo e até com especialista em acupuntura. “A doença vascular cerebral muitas vezes evolui com sintomas depressivos e transtornos de ansiedade generalizada. Então, o paciente precisa de uma abordagem global de uma equipe multidisciplinar após a alta hospitalar”, pontua o neurocirurgião do Austa Hospital.