Depois de idas e vindas, morador de Cardoso passa por duplo transplante na Capital

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Diego no hospital, no sábado, enquanto se preparava pela terceira vez para o transplante, que correu bem – Foto: Arquivo Pessoal

Na terceira tentativa de transplante duplo de rim e pâncreas, Diego Domingues Pereira, de 31 anos, conseguiu realizar a cirurgia no sábado (9); segundo a mãe, ele está bem e ainda em observação na UTI de hospital em São Paulo.


Após idas e vindas à São Paulo/SP, em uma delas sendo levado pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar, para realizar transplante duplo de órgãos (rim e pâncreas), Diego Domingues Pereira, de 31 anos, passou pela cirurgia no último sábado (9.jul), no Hospital Leforte, na capital paulista. Até segunda-feira (11), Diego estava em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A previsão é de que ele seja transferido para o quarto ainda nesta terça-feira.

A mãe de Diego, Inocência Domingues, acompanhou o filho em todas as viagens para que o transplante pudesse ser feito. Ela conta que no sábado, por volta das 5h30, seu telefone tocou e era o hospital informando ter outro doador. Inocência e Diego voltaram à capital. Chegaram às 13h e o jovem já começou a passar pela preparação. O rim e o pâncreas desta vez estavam 100% e poderiam ser transplantados em Diego. 

“As primeiras horas têm que ter um cuidado mais especial. Se eles conseguirem acabar de tirar a medicação e controlar pressão, a previsão é amanhã (terça-feira) de ir para o quarto. A pressão não pode baixar, ela tem que manter um limite, porque se ela baixar muito não manda sangue suficiente para os órgãos”, conta ela. 

Inocência explica que aos 13 anos Diego descobriu ter diabetes tipo 1, mas totalmente descontrolada. Há dois anos e nove meses, ele começou a fazer a hemodiálise porque perdeu proteína e essa perda fez com que o rim paralisasse. Em janeiro deste ano, Diego entrou na lista para passar pelo transplante. 

Pacientes da região de São José do Rio Preto/SP são geralmente encaminhados ao Hospital de Base para passar pelo procedimento, mas Diego precisou ir à São Paulo, em uma decisão dos médicos que avaliaram a situação.  

Segundo foi informado, o HB realiza o transplante de rim, mas não o de pâncreas. Para que Diego tivesse uma qualidade de vida melhor após a cirurgia, os médicos optaram pela cirurgia em um hospital da Capital que realizasse esse transplante duplo. 

“Se ele realizasse só do rim, correria o risco de, depois de algum tempo, perder devido a diabetes descompensada. Não teria uma qualidade de vida normal. Fazer os dois foi a melhor decisão mesmo”, diz a mãe. 

Atualmente, o HB de Rio Preto faz transplante de rim, fígado, coração, pulmão, córneas e medula. 

Vai e vem 

Essa foi a terceira vez que Diego foi à Capital tentar realizar o transplante. Na primeira vez, na quarta-feira (6), Diego precisava chegar ao hospital rapidamente para passar pela cirurgia. Por essa razão, contou com o auxílio do helicóptero Águia para conseguiu chegar a tempo. Na noite do mesmo dia, porém, foi informado que os órgãos não estavam 100% e, por essa razão, o procedimento não foi realizado. 

Diego e a mãe estavam voltando para Cardoso, quando receberam uma ligação na manhã de quinta-feira, com uma oportunidade de transplante com novos órgãos. Dessa forma, retornaram a São Paulo. Os órgãos foram examinados, mas novamente não foi possível realizar o transplante. Nesta terceira tentativa, o procedimento foi realizado e Diego passa bem. 

*Com informações do diariodaregiao/Luna Kfouri