Criador de tilápias estima ter tido prejuízo de quase R$ 1 milhão com milhares de peixes encontrados mortos 

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Peixes apareceram mortos em tanques de criação em Cardoso — Foto: Reprodução

Amigos e voluntários ajudam na remoção dos peixes mortos, que são levados para o aterro sanitário de Cardoso/SP. Cetesb fez coleta de amostras de água para análise.


O piscicultor que encontrou milhares de peixes mortos no Rio Marinheiro, em Cardoso/SP, na manhã de terça-feira (22.mar), estima ter tido um prejuízo de quase R$ 1 milhão. Luiz Antônio Pierre tem uma criação de tilápias e conta que os peixes de 48 tanques morreram.

“O cálculo exato não foi feito ainda, mas, se for pensar em peixes e alimentação, o valor beira R$ 1 milhão”, disse. 

Cerca de 20 homens trabalham para retirar os animais mortos dos tanques. Eles são levados para o aterro sanitário do município. Quem ajuda neste trabalho são amigos e pessoas voluntárias que ficaram sabendo da tragédia e foram ajudar. 

Investigação 

Por nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) disse que, durante a inspeção, não foram constatadas fontes de poluição no entorno que pudessem ter causado algum desequilíbrio. 

Nesta quarta, eles fizeram uma coleta de amostras de água para análise. Os técnicos também informaram que estão investigando as outras áreas onde foram registradas mortandade. 

O diretor de Meio Ambiente de Cardoso, Levi Francisco dos Santos, disse que ainda não sabe o exato motivo da mortandade dos peixes. 

“Quem vai definir isso vai ser a análise. No momento, estamos de mãos atadas, simplesmente fazendo a remoção destes peixes, descartando no aterro sanitário e aguardando a análise da água para saber as atitudes que o município pode tomar a respeito”. 

Em Guaraci/SP, várias espécies de peixes também foram encontradas mortas às margens do Rio Grande. Ainda não é possível saber se a mortandade de peixes registrada em Guaraci tem relação com a de Cardoso. 

Os técnicos da Cetesb informaram que estão investigando os dois casos.

Peixes mortos são encontrados em rios de Cardoso e Guaraci — Foto: Arquivo pessoal

*Informações/g1