Conselho do Corinthians marca data para retomar votação de impeachment de Augusto Melo 

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Augusto Melo, presidente do Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Conselheiros vão se reunir no próximo dia 26 de maio para votar afastamento de presidente; sessão de janeiro foi suspensa por falta de tempo hábil para concluir processo.


O Conselho Deliberativo do Corinthians vai se reunir no próximo dia 26 de maio, uma segunda-feira, para votar o impeachment do presidente Augusto Melo. O presidente do órgão, Romeu Tuma Júnior, emitiu documento convocando seus pares para seguir o rito que foi interrompido no início do ano.

Em 20 de janeiro, o Conselho suspendeu a votação pela falta de tempo hábil para concluir o processo. A admissibilidade do impeachment foi aprovada de maneira apertada, por 126 a 114, mas o afastamento de fato não chegou a ser votado.

Este processo ocorre em meio às investigações do caso VaideBet, patrocinadora que foi parceira do Corinthians no início da gestão Augusto Melo. Nas últimas semanas, a reprovação das contas de 2024 e a debandada de diretores próximos também aumentaram a pressão sobre o presidente.

No dia 26, haverá duas etapas antes da votação: o presidente da Comissão de Ética e Disciplina e Augusto Melo (ou um defensor dele) terão direito a falar por até 30 minutos cada. Só depois o afastamento ou não do presidente será decidido de forma secreta, em cédulas de papel.

Outros processos

Augusto Melo enfrenta quatro processos de impeachment no Corinthians. O último deles, firmado pela Comissão de Justiça e assinado por Leonardo Pantaleão, ex-diretor jurídico da gestão, enquadra aspectos da Lei Geral do Esporte para pedir a saída imediata do presidente por gestão temerária.

O documento da Comissão de Justiça se ampara nos pareceres técnicos do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação e Fiscalização (CORI) que apontaram diversas irregularidades na gestão do clube em 2024. 

No período, segundo o balanço financeiro apresentado por Augusto Melo, o Corinthians teve um déficit de R$ 181 milhões e viu o endividamento bruto estourar. O passivo atingiu R$ 829 milhões, que, segundo cálculos da diretoria, contam receitas a receber resultam em R$ 407 mi em dívida bruta.

Antes do pedido da Comissão de Justiça, Augusto Melo encarou três processos: um aberto para votação após reunir mais de 90 assinaturas e outro recomendado pelo CORI, no fim do ano passado. O conselheiro Paulo Roberto Bastos Pedro também protocolou um pedido.

*Com informações do ge