Neste sábado (13) a Comunidade Nova Vida comemora 36 anos de fundação. Nesse tempo muitas vidas foram transformadas por meio do acolhimento e trabalho feito para recuperação de dependentes químicos, com dedicação ao acolhimento, recuperação e a reinserção sociofamiliar dos atendidos.
Atualmente a entidade é presidida por Ataíde Cucarol, comerciante, proprietário da Pakmovel, que, para ajustar algumas contas, organiza com sua equipe, um Jantar Dançante para o dia 3 de junho, no Votuporanga Clube, que terá um show ao vivo com o cantor Márcio Zarzi.
Comunidade Nova Vida
A comunidade Nova Vida foi efetivamente fundada em 13 de maio de 1987, há 36 anos. Iniciativa do saudoso padre Silvio Roberto dos Santos, que na época atuava na paróquia Santa Luzia. A comunidade nasceu a partir de um sonho que ele teve e sentiu que aquilo era uma manifestação de Deus, pedindo para que fosse concretizadop esse trabalho.
E foi assim que, às 20h daquele 13 de maio, dezenas de pessoas, entre elas: paroquianos, políticos, jornalistas, representantes de clubes de serviços, comerciantes, comerciários, industriais e pessoas da comunidade participaram de uma Assembleia Geral.
Do hotel que, no início abrigou os primeiros internos, à residência situada à Rua Minas, à “chacrinha” na estrada do Aeroporto, em uma casinha iluminada sob a luz de velas. E, por fim, o apoio do Bispo D. José de Aquino Pereira que, ao ceder um espaço na propriedade rural do Bispado fez com que o projeto se fixasse definitivamente.
Nesses 36 anos, em média, a comunidade já atendeu mais de 4 mil pessoas. Ela tem como objetivo maior ofertar um espaço para que as pessoas que um dia experimentaram substâncias químicas e acabaram desenvolvendo o vício, possam passar por um processo, na qual se chama programa terapêutico, e automaticamente ter uma mudança de vida.
A base do trabalho é científica. A entidade segue uma legislação, existe um conhecimento teórico construído, que se usa para ajudar as pessoas a mudarem suas vidas.
O usuário de droga é considerado um doente e existe toda uma política pública na legislação de saúde mental, mas em específico, sobre comunidade terapêutica, não existe uma legislação e nem políticas públicas que possam, não só favorecer os atendidos, e fornecer uma autonomia para avançar os trabalhos.
Neste ano, dos 120 acolhidos que passaram por lá, 80 foram recuperados. De todas as pessoas que são acolhidas na comunidade durante o ano, existe uma média de 30 a 40% que conclui o programa terapêutico trabalhado diariamente: que consiste num processo de mudança de vida, de hábitos para automaticamente retornar para a sociedade com uma proposta diferente de vida, daquela que ela chegou lá.
Atualmente a Comunidade enfrenta, como muitas outras, problemas financeiros. Ela se mantém com recursos públicos, doações voluntárias, espontâneas ou sócio contribuintes que ajudam mensalmente dentro de suas possibilidades. Existem eventos uma vez por ano que a ajudam financeiramente. Hoje existe um convênio com o município que dispõe recursos para manter até três pessoas na comunidade em tratamento, durante o ano todo, além de recursos com o governo federal para manter 17 internos. Segundo Ataíde Cucarol, são recursos insuficientes e não compatíveis com o gasto mensal para manter uma pessoa na comunidade. “O Jantar Dançante de junho servirá para sanar alguns desafios da entidade.”
Na comemoração dos 36 anos, que acontece neste sábado (13) às 9h, haverá uma atividade religiosa com a presença do Bispo Dom Moacir Aparecido Freitas, da diretoria, de autoridades locais e pessoas da sociedade que participam deste trabalho voluntário.
As pessoas que quiserem ajudar a Comunidade podem entrar em contato pelo telefone: (17)3421-3034 ou no escritório que fica na Av. Fortunato Tarjino Granja, Bairro San Remo, esquina com a rua Paraguai. segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.