COLOQUE-SE NO SEU LUGAR

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Nossos últimos anos têm sido turbulentos. Mudanças abruptas de estado e concepções surgem, motivadas pela internet, e nada fica solidificado, nem mesmo nossas crenças. Estamos sendo bombardeados com uma avalanche de informações e, todos os dias, vemo-nos questionando nossas próprias escolhas… pior, nossas próprias convicções.

Sabe aquelas crenças que estão dentro da nossa mente e não sabemos explicar de onde elas surgiram? Aquelas que concebemos como verdades absolutas? Essas crenças são, na realidade, fruto de um modelo de mundo construído pelo ambiente em que fomos criados, mas, principalmente, por nossa ancestralidade.

Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que nossos pais estavam errados sobre como nos educaram, nem a forma como o fizeram, mas sim que, diante de novos valores, informações e oportunidades, estamos começando a questionar nossa própria personalidade. Nossos pais fizeram o melhor que puderam, da maneira que conseguiram, com os meios que tinham. Certo ou errado, não nos cabe julgar. Contudo, o principal eles nos deram: a vida.

Quando nascemos, nosso cérebro é apenas um hardware virgem, limpo de qualquer informação. Durante nosso crescimento e desenvolvimento, vamos alimentando essa máquina com informações que colhemos no dia a dia. O ambiente gera comportamentos, que geram habilidades, que geram crenças, que constroem nossa identidade. De repente, somos adultos e estamos perdidos num mundo novo.

Agora, seja verdadeiro e confesse. Você já se perguntou o que veio fazer neste mundo? Em que era bom ou onde era o seu lugar? Acredito que a maioria que está lendo este texto, em algum momento da vida, questionou as próprias escolhas, o meio em que está inserido, a profissão que seguiu e, até mesmo, qual sua verdadeira identidade.

Muitos de nós não estamos convictos de que fizemos as melhores escolhas. Em alguns casos, nem sabem escolher qual caminho seguir. Muitas vezes, por não conhecer seus próprios talentos, dons naturais, ficam mudando de carreira, relacionamento, grupos, mas, em verdade, estão perdidos porque não possuem o autoconhecimento necessário para trilhar sua estrada de maneira alicerçada e feliz.

Autoconhecimento. Essa palavra tem sido falada com frequência nas redes sociais, porém está longe de ser amplamente definida. Compreendemo-la como o ato de olhar para si mesmo, conhecer os próprios limites e comportamentos. Na realidade, o despertar para o autoconhecimento é a tomada de consciência plena. É a clareza do nosso lugar no mundo. É saber quem se é de verdade, sem crenças limitantes que impedem nossa ascensão.

Para finalizar, segue uma máxima terapêutica: “Se queremos um resultado diferente, temos que ter um comportamento diferente. Não há resultado diferente com comportamento igual”. A vida, com suas chacoalhadas, te coloca no lugar, mesmo que você não compreenda, naquele momento, o motivo. Ela tenta mostrar o caminho. Cabe a cada um a escolha. Nosso lugar no mundo está guardado, cabe a nós desenvolvermos nossas reais habilidades para construirmos um caminho fluente para a realização. “Não existem fracassos, apenas resultados.”

Alexandra A.S. Fernandes: Graduada em Letras – Português/Espanhol pela UNIP. Pós-graduada em Metodologia de Ensino das Línguas Portuguesa e Espanhola pela UCAM. Autora do livro – Autismo – Ensinar aprendendo e aprender ensinando. Diretora Social e Acadêmica da ACILBRAS. Funcionária pública e Professora de Análise Linguística do Piconzé Anglo e HF Cursos Jurídicos. Escritora, Terapeuta Integrativa, Astróloga e Artesã.  Redes sociais: Instagram @profa_alexandra e @aora_terapias; Youtube Profa. Alexandra – Tirando dúvidas de português.