Choro, bombas e protestos na Vila Belmiro marcam rebaixamento inédito do Santos 

621
Confusão na Vila Belmiro após o rebaixamento do Santos — Foto: Reprodução

Leandro Vuaden encerra duelo contra o Fortaleza logo após segundo gol dos cearenses; clima tenso na Vila Belmiro domina queda inédita na história do clube.


O fim do jogo que marcou o primeiro rebaixamento da história do Santos foi recheado de tensão. O árbitro Leandro Vuaden precisou encerrar mais cedo a derrota do Peixe por 2 a 1 contra o Fortaleza, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Fora do estádio, houve vandalismo, quebra-quebra, 10 carros incendiados e 11 feridos.

Logo após o gol de Lucero, segundo do Fortaleza, foi possível ouvir sons de bombas sendo atiradas. Houve também tentativa de invasão de campo. Os jogadores do clube cearense saíram correndo para os vestiários, e Vuaden encerrou o jogo, também deixando o gramado com seus companheiros de arbitragem.

Em campo, ficaram só os jogadores do Santos, desolados, alguns chorando, alguns atônitos, sem entender a dimensão do rebaixamento. O goleiro João Paulo era um dos mais abalados, desabado no chão e sem conter as lágrimas.

As arquibancadas da Vila foram esvaziadas rapidamente, mas quem ficou, não se calou: “Time sem vergonha” foi o grito que marcou um sentimento inédito para o torcedor alvinegro. Os jogadores precisaram se proteger também do gás de pimenta usado pela Polícia Militar para conter confusões do lado de fora do estádio.

Depois de cerca de dez minutos, todo o elenco deixou o gramado sob “chuva” de objetos atirados por esses torcedores. Principalmente cadeiras. No entorno da Vila, houve também muita confusão, reforço policial e fogo em carros e ônibus.

*Com informações do ge